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Calmaria política não significa melhora, afirma gestor da Verde Asset

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A vitória na votação da denúncia contra o presidente Michel Temer na Câmara parece ter reduzido a volatilidade política  e acalmado os mercados, como mostra a alta do Ibovespa e a queda do dólar e dos juros. Mas essa calmaria não engana Luís Stuhlberger, gestor do Verde e dono da Verde Asset. O responsável pelo maior fundo multimercado do Brasil e um dos maiores do mundo, com R$ 12 bilhões de patrimônio, se prepara para novas turbulências, reforçando estratégias que protejam suas aplicações.

Segundo o relatório do fundo Verde, gerido pessoalmente por Stuhlberger, além da vitória na Câmara, o fim do mandato do atual procurador-geral deve contribuir para acalmar o cenário político. “Mas nos parece prematuro acreditar que tudo está resolvido”, afirma o relatório. “Podemos ter alguma calmaria nos próximos meses, mas é a calma que precede a tempestade, visto que a eleição de 2018 tende a ser bastante aberta, complexa e incerta”, avalia o gestor, que lembra que este será o primeiro ciclo eleitoral pós-Real (1994) no qual a polarização PT x PSDB não é tônica relevante. “E teremos diversos candidatos competitivos, algo que o país não experimenta desde 1989”, afirma.

“Nesse sentido”, afirma o gestor, “temos iniciado uma busca por proteções para o portfólio, que sejam baratas e assimétricas caso vejamos um aumento de aversão ao risco em relação ao Brasil por conta das eleições”. Esse trabalho, diz, está apenas no início e será relevante na gestão ao longo dos próximos 18 meses pelo menos.

O cenário negativo de Stuhlberger para o país nos próximos meses tem a ver com a incapacidade do governo de aprovar a reforma da Previdência, essencial para o ajuste fiscal. Segundo o relatório, o governo Temer conseguiu vitória relevante no Congresso, com a negativa para a autorização que a denúncia da PGR fosse adiante. “Tal vitória, à custa de mais uma rodada de bondades fiscais, não permite, no entanto, concluir que a base do governo voltou ao seu estado anterior”, afirma o gestor. “Várias vezes alertamos, pré-17 de maio, que o cálculo da micropolítica tornava bastante complicado alcançar 308 votos para aprovação da reforma da previdência.” Pós-18 de maio, conclui o relatório, tal cálculo se tornou praticamente impossível. “O governo tenta vender a ideia que vai conseguir uma reforma robusta, mas vemos pouco espaço, para aprovação de qualquer medida que tenha impacto fiscal relevante.”

O Verde se saiu bem em julho, com um rendimento no mês de 1,89%, mais que o dobro do CDI, referência da renda fixa, no período. No acumulado do ano, porém, o fundo ainda está atrás do CDI, com 4,53% acumulados, para  6,5% do indicador. O fundo em julho teve ganhos na posição em juro real, que se beneficiou da manutenção do ritmo de corte da Selic pelo BC e da alta de impostos sobre combustíveis. Ganhou também com as posições de ações, assim como a posição comprada no euro.

Já as perdas vieram principalmente da posição vendida em moeda chinesa, o renminbi, que sofreu os impactos de um dólar mais fraco.

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