Segundo pesquisadores do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), da Eslaq/USP, o faturamento em dólar das exportações em agronegócio subiram mais de 6% no primeiro semestre, chegando a US$48 bilhões. Em reais, isso significa um aumento de 9%.

O desempenho favorável se deu graças ao aumento de 15% dos preços médios em moeda americana, compensando a queda de 6% em volume exportado. É preciso levar em consideração que o real se valorizou diante dos parceiros comerciais mais importantes, o que reduziu a atratividade e competitividade dos produtos exportados pelo setor no mercado internacional.

Soja em grão, óleo de soja, frutas, papel e celulose, açúcar e madeira foram os únicos itens que cresceram em volume de exportação no primeiro semestre. Mas apenas o açúcar, a carne suína e o etanol tiveram vendas externas mais atrativas, graças à valorização da moeda nacional.

O Cepea espera que o câmbio se mantenha estável com um ambiente econômico interno mais favorável, o que também pode contribuir para equilibrar a atratividade e a competitividade dos produtos brasileiros no mercado internacional.