O Goldman Sachs iniciou a cobertura das ações do Carrefour (BOV:CRFB3) com a recomendação de compra e um preço-alvo de R$ 19,20 para um horizonte de 12 meses, mostra um relatório enviado a clientes nesta segunda-feira (28/08). O valor corresponde a um potencial de valorização de aproximadamente 25%.
Irma Sgarz e Pedro Fagundes, avaliam que a empresa está bem posicionada para alavancar o crescimento estrutural do varejo de alimentos no Brasil e calcula que a ação negocia a 16,7 vezes o lucro esperado para 2018 (P/L), apesar de oferecer um crescimento de EBITDA superior (15% contra 8% entre 2017 e 2019) e um retorno sobre o capital investido de 20%.
O maior potencial para a empresa, indica o Goldman Sachs, está no crescimento do Atacadão, que é o segmento de “atacarejo” com a maior presença nacional e líder em sua área.
A administração do Carrefour, lembra a equipe de análise, mapeou o potencial para novas 165 lojas (atualmente possui 162). “Acreditamos que isso é viável, considerando o tamanho continental do Brasil, população (206 milhões, conforme dados do IBGE 2016) e o nível de urbanização (85% de acordo com dados de 2014)”, explicam.
Com 300 lojas, a penetração chegaria ao equivalente a 1,46 loja para cada 1 milhão de habitantes. A Costco nos EUA, por exemplo, possui 1,57 loja para 1 milhão de americanos. O Goldman estima uma velocidade de 17 novas lojas por ano entre 2017 e 2020, o que resulta em um crescimento de área anual de 10,2%.
“Estamos, portanto, confortáveis com a viabilidade dessas projeções de aberturas. E, enquanto reconhecemos que a empresa possui recursos de mercado e financeiros para crescer mais rápido, nós acreditamos que a execução criaria o principal gargalo, particularmente considerando a preferência da empresa por possuir o imóvel para este formato, disciplina com respeito ao retorno e uma burocracia pesada em torno de permissões e licenças”, avalia o banco.