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Pré-Market: Nova era?

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Os ventos sopraram a favor dos ativos brasileiros ontem e o clima pode continuar propício hoje. A aprovação do parecer da nova taxa de juros de longo prazo (TLP) na comissão especial nesta manhã, encaminhando a pauta para o plenário da Câmara, deve abrir espaço para manutenção do ciclo agressivo de cortes de juros, beneficiando o apetite por risco.

A notícia de privatização da Eletrobras içou a Bovespa para a faixa dos 70 mil pontos, encostando-se à marca histórica dos 73,5 mil pontos, que pode ser alcançada em breve, em meio à atratividade que a renda variável vem ganhando em detrimento da renda fixa. Ainda mais se o Congresso chancelar a criação da “taxa do BNDES”, como vem sendo chamada.

A votação da TLP na comissão especial (9h) pode ampliar a chance de queda da taxa básica de juros, com a Selic podendo ir buscar o piso histórico de 7,25%. A percepção é de que o Banco Central pode acelerar o processo se houver avanços das reformas – tanto em relação à aprovação da TLP, das novas metas fiscais e, obviamente, da reforma da Previdência.

Além disso, a mensagem deixada pelo governo com a proposta de privatizar a estatal de energia elétrica é de mostrar a intenção de diminuir a intervenção do Estado, reduzindo o peso sobre a economia. Mais do que os números que a operação pode gerar aos cofres públicos, o recado é que o Brasil está entrando em uma era de políticas pró-mercado.

Um pacote de privatizações e concessões deve ser anunciado hoje pelo governo, após reunião do Conselho do Programa de Parcerias de Investimento (14h30), que contará com a presença dos ministros Henrique Meirelles (Fazenda) e Dyogo Oliveira (Planejamento), além do presidente Michel Temer. O programa deve colocar à venda uma carteira de mais de 50 projetos, concedendo ao setor privado investimentos estimados em R$ 44 bilhões.

E esse novo bastião do país não está, nem um pouco, precificado nos ativos e tende a sustentar o entusiasmo dos mercados domésticos. Trata-se de uma mudança de paradigma, uma quebra de tabu, que pode levar bolsa e juros a níveis recordes, bem como colocar o dólar perto – ou quiçá, abaixo – de R$ 3,00, diante da ideia de que um governo reformista veio para ficar.

Por enquanto, 2018 ainda é longo prazo e o risco de candidatos populistas não está totalmente descartado. Por isso, o movimento de melhora nos negócios locais pode se dar mais lentamente daqui para frente, a não ser que a extensa pauta econômica em curso no Congresso entre em aceleração.

O ambiente internacional também vem contribuindo para o movimento de recursos pelo mundo em busca de maiores rendimentos, diante dos sinais de que os principais bancos centrais não têm pressa em ajustar a liquidez global. Além disso, a crença de que Trump pode conseguir passar alguma reforma tributária alivia parte da tensão da semana passada.

Ainda assim, os investidores aguardam o simpósio anual em Jackson Hole, que começa amanhã, e pode trazer pistas sobre o futuro da política monetária nos Estados Unidos e na zona do euro. A agenda econômica do dia no exterior traz indicadores preliminares de agosto sobre a atividade nessas regiões, ao longo da manhã. Também serão conhecidos números sobre o setor imobiliário norte-americano e a confiança do consumidor europeu.

À espera desses indicadores e eventos econômicos, as principais bolsas europeias oscilam entre altas e baixas, sem um rumo definido, enquanto os índices futuros das bolsas de Nova York estão no vermelho, com as declarações do presidente norte-americano em comício em Phoenix lembrando os investidores das dificuldades políticas na Casa Branca.

Na Ásia, a sessão também foi de desempenho misto, com perdas também em Sydney, na Oceania, ao passo que o pregão em Hong Kong foi cancelado devido à passagem de um tufão na cidade. O petróleo recua diante do aumento dos estoques de gasolina nos EUA e antes dos dados oficiais sobre a commodity e seus derivados no país (11h30).

Já o dólar é pressionado por declarações de Donald Trump, de que ele irá paralisar o governo norte-americano se não for capaz de angariar fundos para construir um muro ao longo da fronteira com o México. A fala levantou dúvidas em relação à situação fiscal no país e elevou preocupações quanto ao embate do republicano com o Congresso.

Com isso, os planos de aumento de gastos e cortes de impostos podem ser adiados, retardando o processo de aceleração da economia norte-americana. Trump também ameaçou terminar o principal acordo comercial norte-americano, alimentando o mal-estar sobre o comércio global.

No Brasil, o destaque da agenda econômica é a prévia da inflação oficial ao consumidor brasileiro, medida pelo IPCA-15. A expectativa é de que o indicador deve subir 0,4%, apagando a queda de 0,18% registrada em julho, em meio à pressão sobre os preços vinda dos combustíveis e da energia elétrica.

Esses itens devem refletir o aumento da cobrança de impostos sobre gasolina e diesel e também a mudança da bandeira tarifária nas contas de luz. Ainda assim, a taxa acumulada pelo IPCA-15 em 12 meses deve desacelerar a 2,7%, seguindo no menor nível para o período desde o acumulado até março de 1999, o que já havia sido observado em julho.

Os números oficiais serão divulgados às 9h. Antes, às 8h, sai a prévia da FGV sobre a inflação no varejo em agosto. Depois, o Banco Central entra em cena para divulgar a nota do setor externo (10h30), com os dados sobre as transações correntes e os investimentos estrangeiros no país, e também o resultado parcial sobre o fluxo cambial (12h30).

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