O Índice de Atividade Econômica (IBC-Br), proxy mensal do Produto Interno Bruto calculado pelo IBGE, registrou alta de 0,5% na passagem de maio para junho, descontados os efeitos sazonais, conforme divulgado há pouco pelo Banco Central (BC). O resultado ficou abaixo das expectativas dos analistas de mercado, de alta de 0,7%. Na comparação com o mesmo mês do ano passado, que teve um dia útil a mais, houve queda de 0,6%, acumulando retração de 2,03% nos últimos 12 meses.

Em termos dessazonalizados, este resultado foi suficiente para superar a queda de 0,37% do mês anterior, destaca a Rosenberg Associados. Com isso, a série voltou ao patamar verificado em fevereiro de 2016, corroborando a recuperação lenta e gradual da economia; em relação ao pior momento verificado nos últimos três anos, que foi dezembro de 2016, registra-se um crescimento de 1,8%. Isso reflete tanto a melhora da indústria, do comércio e, em menor escala, dos serviços, além da safra agrícola recorde, explica a consultoria.

Mesmo a queda acumulada em 12 meses, de 2,03%, é o melhor resultado desde maio de 2015. No primeiro semestre do ano, em relação ao primeiro semestre do ano passado, o índice está praticamente estável (-0,11%).

Em relatório, o Bradesco avalia que, apesar do resultado positivo no mês do indicador em junho, o banco continua esperando que o PIB tenha se retraído no segundo trimestre. “No entanto, esse dado reforça nossa expectativa de uma retomada da atividade econômica à frente”, diz o departamento econômico do banco. “Ainda assim, esperamos estabilidade da atividade no terceiro trimestre”.