Em relatório divulgado hoje (22), o BTG Pactual avalia a recente divulgação do Ministério de Minas e Energia (MME) sobre a privatização da Eletrobrás como um “empurrão necessário”.
O banco também reforça que a ineficiência da empresa nos últimos anos reflete a necessidade da medida. “A Eletrobrás tomou inúmeras decisões ruins, com retornos financeiros baixos e as vezes até negativos! Privatizar a empresa é, portanto, o impulso que o país precisa”, afirma.
Ainda, segundo o BTG “o cenário em que o governo dilua sua fatia em 33% e levante R$ 20 bilhões é um em que: todas as medidas propostas (especialmente as que tornam a empresa de capital privado, com melhor governança corporativa e corte de gastos) aumente o valor de mercado da Eletrobras em mais de 100%; e a Eletrobras capte R$ 20 bilhões em uma oferta primária e pague a dívida de R$ 20 bilhões a bancos públicos. Após esse pagamento, os bancos pagariam dividendos ao governo federal”.
Privatização
Com a novidade sobre a privatização da Eletrobrás, os ativos da empresa registraram ganhos significativos na bolsa de valores brasileira. Às 15h53, a ELET3 alcançava 47,54% de valorização do papel e a ELET6, 31,7%. Pela manhã, a B3 superava os 70 mil pontos, marco que não acontecia desde 2011.
O mercado acredita que a mudança será feita nos mesmos moldes do que aconteceu com Embraer e a Vale, o que significa uma oferta primária de ações onde o governo não participará comprando papéis, o que irá diluir sua participação para um nível minoritário – menor que 50%. Atualmente, o governo possui 63% das ações ordinárias da Eletrobrás, divididas entre União (51%) e BNDESPar (13%). Com a privatização, o Estado passa a ter menos controle na empresa.