Confira as movimentações da política nacional desta sexta-feira.

Denúncia de Janot

O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, apresentou uma denúncia no Supremo Tribunal Federal (STF) contra os senadores Renan Calheiros, Robermo Jucá, Valdir Raupp e Gabriel Alves e também contra José Sarney, Sérgio Machado, Luiz e Nelson Maramaldo e Fernando Reis. Enviada ao relator da Lava Jato, ministro Edson Fachin, a acusação é por suspeita de desvios  de recursos de contratos com a Transpetro para o pagamento de propina.

Janot contra Temer

Na mesma denúncia que apresentou hoje, Janot também declarou hoje que investigações complementares da Lava Jato comprovam o envolvimento do presidente Michel Temer com propinas.  Segundo o procurador, Temer haveria pedido R$1 milhão a Sérgio Machado, ex-presidente da Transpetro, para a campanha de Gabriel Chalita à prefeitura de São Paulo em 2012. Janot não o denunciou, porque o artigo 86 da Constituição impede que um presidente seja investigado por fatos anteriores ao mandato.

Delação da JBS

A Câmara de Combate à Corrupção do Ministério Público Federal homologou o acordo de leniência firmado pela Procuradoria da República no Distrito Federal com a J&F Investimentos S.A., dona da JBS dos irmãos Joesley e Wesley Batista. O holding pagará em ressarcimento mínimo e multa um valor de R$ 10,3 bilhões, dos quais R$2,3 bilhões serão destinados a projetos sociais e R$8 bilhões para órgão e entidades públicos lesados pelo crime da empresa. Esse montante deverá ser pago ao longo de 25 anos, corrigido pelo IPCA.

Financiamento de campanha

O líder do governo no Congresso, André Moura, afirmou que o posicionamento da maioria dos ministros do Supremo Tribunal Federal contra o financiamento privado em campanhas eleitorais deve influenciar o voto dos parlamentares. O congressista é favorável à doação empresarial e afirma que existe um grupo que defende o retorno desse tipo de financiamento “para que não se tenha esse modelo em um momento de crise”, mas que o posicionamento do STF influencia.

Lula

O ex-presidente Lula criticou a venda da Eletrobras em vídeo divulgado nas redes sociais pelo senador Humberto Costa. “Se o governo não tem competência, não tem capacidade de pensar e propor à sociedade medidas para retomar o crescimento e vai apenas ficar vendendo o que tem, é como o caso de um trabalhador que se casa e daqui a pouco fica desempregado. Em vez de procurar um bico, fazer qualquer coisa para levar o dinheiro para casa, ele fica sentado reclamando e resolve vender a televisão, vender a geladeira, vender a cama, o guarda roupa”, comparou.

Crise do PSDB

O tucano Gustavo Franco, ex-presidente do Banco Central e um dos criadores do Plano Real, afirmou que o partido está dividido com relação a permanência da legenda no governo Temer. Em carta enviada ao presidente do PSDB, Tasso Jereissati, junto com os tucanos Elena Landau, Edmar Bacha e Luiz Roberto Cunha, pediu por “uma refundação ética e programática do partido”, pois para eles, a legenda ainda está muito presa ao manifesto de 1988, quando o partido foi fundado, o que não reflete as mudanças que o país sofreu ao longo dos anos.

Semipresidencialismo de Temer

O presidente Michel Temer afirmou em entrevista ao SBT Brasil que acha ser importante o país optar pelo modelo de semipresidencialismo a partir de 2022 e que talvez haja uma consulta a população por referendo. Segundo ele, neste sistema, o presidente teria funções relevantes, mas delegaria a chefia de governo e administração ao primeiro-ministro. Quanto à consulta popular, o presidente disse: “Eu acho que o Congresso tem a competência para definir por si próprio qual é o sistema que ele prefere para o Brasil. Mas é muito provável que nas discussões do parlamento se opte pela ideia de um referendo”.