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Volatilidade no mercado americano e decepção com balanço

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Mais um dia de queda nas bolsas internacionais motivadas pelo conflito diplomático entre os EUA e a Coreia do Norte. As quedas se aceleraram na Ásia e na Europa, com o aumento da percepção de que uma solução negociada não está próxima e de que as posições de riscos devem ser aliviadas. O índice VIX, que mede a volatilidade das principais ações negociadas nas bolsas dos EUA, teve uma forte alta nos últimos pregões, interrompendo um período de grande tranquilidade, visto poucas vezes na história do indicador. Quanto maior o índice, maior a instabilidade do mercado: um índice de 15% indica que a bolsa americana pode cair ou subir 15% no período de um ano. O VIX estava em 10%, ou um pouco abaixo disso, quando a média do indicador fica entre 15% e 20%. Veja o gráfico:

 

Em dois pregões o índice saltou de 10% para 15%, mostrando a rápida mudança da disposição de correr riscos dos agentes no mercado dos EUA. Se isso vale para o mercado mais forte do planeta, vale de forma ainda mais intensa para outros mercados. As bolsas caem com mais força ao redor do mundo, indicando quedas para a BHP Billinton de mais de 2% e para a British Petroleum. O mesmo ocorre com moedas e com títulos soberanos, com um ciclo de desvalorização das moedas e emergentes e aumento dos juros pagos por seus tesouros.

Brasil

 No Brasil, a tendência externa é acelerada pela própria dinâmica local. O governo tem experimentado várias derrotas em sua tentativa de acomodar o déficit primário desse ano, que deve superar em muito e meta de R$ 139 bilhões. Estão descartados os aumentos de tributos de qualquer natureza e cortas despesas é algo que já sabemos ser muito difícil. A participação da despesa que realmente é controlada pelo governo (discricionária) é baixa em relação ao total de despesas que são obrigatórias, sobretudo os salários do funcionalismo, que tem estabilidade e emprego. Se a inflação estivesse mais elevada, o congelamento dos salários traria ganhos mais substancias, mas com uma inflação acumulada em doze meses que não ultrapassa os 3%, nem esse expediente está disponível. Aumentando a possibilidade de manutenção de uma trajetória explosiva do déficit público, aumenta a pressão sobre o governo e a decepção dos mercados.

Na fila da decepção dos mercados estão os balanços divulgados ontem. A Petrobrás divulgou um lucro líquido de R$ 316 milhões no segundo trimestre, sinalizando um retorno de menos de 1% no ano para o acionista em relação ao valor de mercado da empresa ontem. A receita teve queda, em decorrência da adoção da política de preços, que segue os preços internacionais do petróleo, e da queda de demanda, pressionada pela recessão do país. O balanço apresenta como único ponto positivo relevante, a queda do custo de exploração/produção no pré-sal, que ficou abaixo dos US$ 7 o barril. A empresa deve sofrer no pregão de hoje e suas ações caem 2% no pré-mercado. Também apresentaram resultados decepcionantes Gafisa, Cyrella, CPFL, Light, Eletrobrás, BRF, Carrefour, EzTec, entre outras. As notícias se limitaram a Kroton e Lojas Americanas.

O encerramento da safra dos balanços mostra que o mercado estava mais otimista com as empresas do que elas foram capazes de entregar. A tendência é mais um pregão de queda da bolsa, alta dos juros e do dólar.

 

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