A ação da Suzano (BOV:SUZB5) está mais dependente das oscilações dos preços da celulose por conta da queda das margens no segmento de papel, avalia o Citi em um relatório enviado a clientes. Segundo o analista Juan Tavarez, os maiores custos e menores preços médios derrubaram a margem EBITDA na área em 30% no segundo trimestre de 2017, para R$ 709 a tonelada.

“As razões por traz de maiores custos são difíceis de identificar, mas poderiam ser parcialmente ligadas à estratégia da Suzano perante o mercado, elevados custos de serviços e logística”, explica Tavarez.

O banco espera que as iniciativas de corte de custos possam parcialmente mitigar estas pressões, “mas parece que estas iniciativas ainda não impactaram as plantas integradas”, avalia a análise. Os preços médios parecem pressionados pelo pior mix e por um câmbio mais forte, indica o Citi.

Celulose

Com isso, os preços mais fortes da celulose devem ser o principal driver para as ações da Suzano até o final do ano e a “performance das ações pode ficar abaixo da de pares dado que as margens em papel devem permanecer pressionadas no segundo semestre de 2017”, explica o analista.

“Uma inflexão nas margens de papel poderia adicionar upside para o nosso preço-alvo, ainda que haja uma que uma falta de clareza sobre a fonte das pressões dos custos em papel da Suzano, mantemos uma visão cética de que uma reviravolta nas margens é iminente”, pontua. Ele calcula que para cada R$ 100 a mais por tonelada de melhora nas margens de papel, o preço-alvo pode ser elevado em R$ 0,70.

A recomendação de compra foi mantida, com um preço-alvo de R$ 19,20.

Fonte: Money Times