Em agosto, o estoque do Tesouro Direto alcançou o valor de R$ 47,7 bilhões, com uma expansão de 0,8% em relação à julho. Ainda, o Boletim Focus divulgado da última segunda-feira (18), mostrou que a previsão do mercado financeiro para a taxa básica de juros, a Selic, em 7% ao ano até o fechamento de 2017. Atualmente, a taxa está em 8,25%. Seria o momento certo para investimentos em renda fixa?

Em entrevista com Mauro Mattes, gerente de investimentos da Concordia Corretora, ele afirma que “a renda fixa possibilita ao investidor um bom resultado financeiro”. Ele ainda ressalta que vale a pena alocar parte da carteira em renda fixa, ou seja, reservar parte do capital para essa modalidade de investimentos.

De acordo com Mauro, a renda fixa é bem abrangente e o investidor possui “n” modalidades. Logo, antes de começar a aplicar, é importante avaliar qual modalidade combina mais com o perfil de quem deseja investir. “Antes de começar, é importante fazer algumas perguntas: Qual é o seu objetivo? Em quanto tempo você deseja resultado?“, explica.

Para quem está começando no mundo dos investimentos, ele indica títulos públicos atrelado a taxa de juros nominal do Tesouro Direto. “É mais tranquilo e existe mais praticidade para contratação e resgate”. De acordo com Mauro, a tolerância de risco deste investimento é menor e é indicado para quem está mirando o investimento de curto prazo. “Não haverá sustos ou surpresas”, finaliza.

Para o investidor moderado, dentro do Tesouro Direto, a indicação de Mauro é um título atrelado à inflação, como o “Tesouro IPCA+2035”. Segundo ele, é possível ver dentro desta modalidade pontos atrativos, considerando a atual situação do mercado.

Já para o investidor com um perfil mais arrojado, com um capital maior e mais tolerância à riscos, Mauro indica títulos privados. “Possuem uma rentabilidade interessante para quem possui um horizonte de investimento mais dilatado”, afirma.