Em agosto, dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados para elaboração do IPCA, somente os grupos de Alimentação e Bebidas (-1,07%) e Comunicação (-0,56) apresentaram sinal negativo. Nos demais, destaque para os grupos Transportes (1,53%) e Habitação (0,57%), os principais responsáveis pela alta de 0,19% do principal índice inflacionário brasileiro no mês. O primeiro, com 0,27 ponto percentual de impacto no índice do mês praticamente anulou o impacto de -0,27 ponto percentual do grupo Alimentação.

Pelo quarto mês consecutivo o grupo dos alimentos apresentou queda (-1,07%), sendo este ritmo puxado pela safra recorde. Os alimentos para consumo em casa registraram queda de 1,84%, após a queda de 0,81% de julho. Todas as regiões pesquisadas vieram em queda neste mês de agosto indo dos – 2,75% registrados em Goiânia até -1,16% na região metropolitana de Fortaleza. Os destaques foram: o feijão-carioca (-14,86%), o tomate (-13,85%), o açúcar cristal (-5,90%), o leite longa vida (-4,26%), as frutas (-2,57%) e as carnes (-1,75%).

Já a alimentação fora, que havia ficado, em média, 0,15% mais cara em julho, variou 0,35% em agosto. Com exceção das regiões metropolitanas de Belém (-0,79%) e de Curitiba (-0,54%), as demais apresentaram-se com variação entre o 0,03% da região metropolitana de Belo Horizonte e os 2,49% da de Salvador.

No grupo Comunicação (-0,56%), o destaque ficou com as contas de telefone celular que ficaram, em média, 1,57% mais baratas.

As passagens aéreas, do grupo Transportes (1,53%), apresentaram, no mês de agosto, queda de 15,16%. Por outro lado, os combustíveis, com variação de 6,67%, foram o maior impacto no índice do mês 0,32 p.p. O litro do etanol ficou, em média, 5,71% mais caro. Já a gasolina apresentou variação de 7,19% em razão do aumento na alíquota do PIS/COFINS em vigor desde julho e da política de reajustes de preços dos combustíveis. Considerando-se o período de coleta do IPCA de agosto, foram anunciados 19 reajustes de preços da gasolina que, acumulados, resultam em um aumento de 3,40%.

Ainda no grupo Transportes, foi apropriada parcela ainda não incorporada relativa ao reajuste de 16,61% nas passagens dos ônibus intermunicipais da região metropolitana de Belém (3,59%) em vigor desde 07 de abril.

No grupo Habitação (0,57%), os destaques ficaram com a energia elétrica (1,97%) e 0,07 ponto percentual de impacto e com a taxa de água e esgoto (1,78%) e 0,03 ponto percentual. Na energia elétrica, conforme mostra a tabela a seguir, a maioria das regiões pesquisadas apresenta-se em alta em razão, principalmente, da entrada em vigor da bandeira tarifária vermelha, a partir de 01 de agosto, representando uma cobrança adicional de R$ 0,03 a cada Kwh consumido. Acrescente-se, ainda, os reajustes nas tarifas, a partir de 07 de agosto, de 6,87% em Belém (7,01%) e de 8,53% em Vitória (7,81%). A queda nas regiões de Recife (-4,73%), Salvador (-3.03%), Belo Horizonte (-2,49%), Fortaleza (-1,48%) e Goiânia (-1,36%) foi em razão de reduções nas alíquotas do PIS/COFINS.

A taxa de água e esgoto (1,78%) teve seu resultado influenciado pelas regiões metropolitanas de Belo Horizonte (10,58%) onde ocorreu reajuste médio de 8,69% nas tarifas a partir de 30 de julho, Rio de janeiro (3,60%), cujo reajuste de 3,60% entrou em vigor em 01 de agosto e Vitória (1,14%) com reajuste de 4,10% a partir de 22 de agosto.

A taxa de água e esgoto (1,78%) teve seu resultado influenciado pelas regiões metropolitanas de Belo Horizonte (10,58%) onde ocorreu reajuste médio de 8,69% nas tarifas a partir de 30 de julho, Rio de janeiro (3,60%), cujo reajuste de 3,60% entrou em vigor em 01 de agosto e Vitória (1,14%) com reajuste de 4,10% a partir de 22 de agosto.

Para cálculo do índice do mês foram comparados os preços coletados no período de 01 de agosto a 29 de agosto (referência) com os preços vigentes no período de 29 de junho a 31 de julho de 2017 (base).

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Variação em Agosto de 2017 dos principais grupos de produtos e serviços que compõem a pesquisa de preços do IPCA.

Confira abaixo a variação mensal, a variação acumulada anual e a variação acumulada nos últimos doze meses dos preços médios dos principais grupos de produtos e serviços aferidos pela pesquisa do IBGE para o cálculo do IPCA de Agosto de 2017.

Mês (%) Ano (%) 12 Meses (%)
Alimentação e Bebidas -1,07 -1,56 -2,01
Artigos de Residência 0,20 -0,82 -1,63
Comunicação -0,56 0,81 1,35
Despesas Pessoais 0,29 2,61 4,25
Educação 0,24 6,80 7,15
Habitação 0,57 4,09 4,88
Saúde e Cuidados Pessoais 0,41 4,86 6,78
Transportes 1,53 1,01 3,08
Vestuário 0,29 0,92 2,33
Total 0,19 1,62 2,46