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Juro real caminha para menor nível desde 2013

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A persistência da inflação baixa nos últimos meses levou o Banco Central a reduzir a taxa básica de juros, a Selic, em um ponto porcentual, a 8,25% ao ano – o menor nível desde meados de 2013. A decisão, anunciada na quarta-feira, veio em linha com o esperado por analistas. Mais importante, porém, foi a sinalização dada pela autoridade monetária em relação à trajetória futura dos juros.

Em primeiro lugar, o Banco Central afirmou que “a conjuntura econômica prescreve política monetária estimulativa, ou seja, com taxas de juros abaixo da taxa estrutural” – um sinal claro de que a Selic deve continuar caindo nos próximos meses, ainda que em ritmo menos intenso.

Em segundo lugar, as autoridades afirmaram que embora os riscos inflacionários estejam equilibrados existe a possibilidade de os preços da economia subirem menos que o esperado nos próximos meses caso os alimentos continuem ficando mais baratos e a inflação siga perdendo força por inércia – a taxa atingiu 2,46% nos 12 meses encerrados em agosto deste ano, após alcançar um pico de 10,71% em janeiro do ano passado.

Por último, o Banco Central afirmou, com base nas projeções extraídas do boletim Focus – que traz a avaliação do mercado a respeito de uma série de indicadores econômicos -, a Selic deve cair a 7,25% até o final desde ano e a 7,00% no início do ano que vem – o que corresponderia à menor meta para a taxa desde 1999, quando o Comitê de Política Monetária passou a usar a Selic para fins de política monetária.

A sinalização do Banco Central sugere que a instituição começará a reduzir os juros reais da economia de forma mais significativa no final deste ano. Em fevereiro, esses juros estavam acima de 8% ao ano, e em agosto terminaram em cerca de 6,7%. Se as previsões do Banco Central e do mercado se concretizarem, essa taxa deve recuar a 3,8% até o final deste ano e a 3,1% no fim de 2018 – níveis que foram observados pela última vez em 2013.

Os juros menores devem contribuir para a retomada dos investimentos na economia real, e o cenário pode ser ainda mais benéfico se os bancos centrais dos Estados Unidos e da zona do euro adiarem os planos de aperto da política monetária nessas regiões, pois isto manteria o fluxo de capital estrangeiro direcionado às economias emergentes, como o Brasil, mesmo com taxas de juros historicamente baixas para o padrão local.

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