As taxas de retorno dos títulos públicos disponíveis para compra no Tesouro Direto operam em queda generalizada nesta quinta-feira (21) em relação às taxas ofertadas na quarta-feira (20).

A percepção de inflação comportada e estabilidade de Selic em nível reduzido, eventualmente até abaixo de 7% ao ano, repercute nas taxas de juros futuros e reduz os prêmios de risco do mercado.

O IPCA-15, praia da inflação oficial no país, desacelerou de 0,35% em agosto para 0,11% em setembro, no resultado mais baixo para o mês desde 2006. Já o Relatório Trimestral de Inflação, publicado pelo Banco Central, revelou pela primeira vez estimativas para o IPCA em 2019 (+4,2%) e 2020 (+4,1%), evidenciando nível geral de preços controlado à frente.

Cotações

O título público Tesouro IPCA+ 2024 exibia nesta quinta-feira taxa de rendimento ao ano de 4,66%, ante taxa de 4,72% apurada na quarta-feira. Já o Tesouro IPCA+ 2026, com juros semestrais, exibia a taxa de 4,78%, abaixo da taxa de 4,81% na véspera. Por sua vez, o Tesouro IPCA+ 2035, com juros semestrais, mostrava taxa de 4,93%, ante 4,96% na quarta-feira.

O Tesouro IPCA (antiga NTN-B) proporciona ao investidor uma rentabilidade em termos reais. É um título que paga uma taxa fixa acrescida da variação do IPCA (inflação).

Dentre os papéis prefixados, o Tesouro Prefixado 2023 apresentava nesta quinta-feira taxa de retorno de 9,34%, menor que a taxa de 9,42% exibida na quarta-feira.

O Tesouro Prefixado (antiga LTN) é um título prefixado, e por isso o investidor tem a exata noção de qual será o retorno obtido desde o dia que efetuar a compra até a data do vencimento do título.

Títulos públicos

Títulos públicos são ativos de renda fixa que possuem a finalidade de captar recursos para o financiamento da dívida pública e financiar atividades do Governo.

Vale destacar que a taxa de retorno e o preço dos títulos públicos têm comportamento inversamente proporcional, ou seja, quando um sobe o outro cai.