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Americano que estuda por que as pessoas não conseguem lidar com dinheiro leva Nobel de Economia

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O americano Richard H. Thaler ganhou nesta segunda-feira o prêmio Nobel de Economia pelos estudos da economia comportamental, anunciou a Real Academia Sueca de Ciências. A informação é da Agência EFE.

O prêmio reconhece o trabalho de Thaler por integrar a economia e a psicologia, explorando “como as limitações no raciocínio, as preferências sociais e a falta de autocontrole afetam as decisões individuais e as tendências do mercado”.

A Real Academia afirma, além disso, que o americano foi “pioneiro” nessa matéria, ao contribuir para construir uma ponte entre a análise psicológica e econômica dos processos de decisão individual”.

Um dos trabalhos mais conhecidos de Thaler é o que descreve a chamada contabilidade mental, por meio da qual as pessoas separam seus ganhos em compartimentos isolados, sem perceber que fazem parte do mesmo total. Assim, gastam com coisas imediatas e deixam de poupar, ou gastam mais quando compram a prazo, mesmo sabendo que vão ter de pagar no futuro. Um exemplo é quando uma pessoa vai ao supermercado e tende a gastar menos quando paga em dinheiro do que quando paga no cartão de débito ou de crédito, sem perceber que o valor é o mesmo. No caso, a comparação é com os preços dos bens comprados com uma conta mental estreita, o dinheiro na carteira, e com uma conta mental larga, o dinheiro no banco, o que reduz a “dor do pagamento”.

As teorias de Thaler ajudam a criar instrumentos para estimular as pessoas a controlarem seus impulsos e guardarem mais para o futuro, como reconhecer essas contabilidades mentais e como elas podem ser usadas para economizar.

Mais um Nobel para finanças comportamentais

O prêmio a Thaler representa uma confirmação da importância das chamadas finanças comportamentais, ou behavioral finance, para a ciência econômica em geral. Em 2002, outros dois pioneiros dessa linha de estudos, Daniel Kahneman e Amos Tversky, com quem Thaler fez trabalhos, também receberam o Nobel por seus trabalhos sobre como as pessoas tomam decisões irracionais ou inconscientes com relação à economia.

A perspectiva de conduta incorpora à economia “uma análise mais realista de como pensam e atuam as pessoas quando estão tomando decisões econômicas”, o que ajuda a “desenhar medidas e instituições que aumentam os benefícios para o conjunto da sociedade”.

Essa aproximação da economia difere da teoria tradicional, que assumia que as pessoas tinham bom acesso à informação e podiam processá-la de forma correta, algo que em algumas ocasiões se distanciava muito da realidade.

A contribuição de Thaler foi redefinir a análise das decisões, incluindo elementos psicológicos que “influenciam de forma sistemática na tomada de decisões econômicas”.

Richard Thaler, de 72 anos, nasceu em East Orange, graduou-se em 1967 na Universidade Case Western Reserve e fez doutorado na de Rochester, em 1974.

Antes de começar a trabalhar na Universidade de Chicago em 1995, deu aula na Cornell University, University of Rochester, além de ser professor convidado na Universidade do British Columbia e diversos centros de ensino superior no país.

Como cada um dos outros prêmios Nobel, o de Economia está dotado com 9 milhões de coroas suecas (US$ 1,1 milhão). É o único dos seis que não foi instituído pelo criador dos prêmios, o magnata sueco Alfred Nobel, e sim pelo Banco Nacional da Suécia em 1968.

Com informações da Agência Brasil.

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