Para saber quais são as apostas entre Blue Chips Small Caps, foi perguntado ao João Marcello, analista gráfico da Elite corretora, e ao Carlos Müller, analista-chefe da Geral Investimentos, quais ações têm melhores chances de despontar nos próximos meses na Bolsa de Valores?

Confira:

Grandes Empresas/Blue Chips

Renner (LREN3)
“Conforme a economia mantenha sua recuperação e o emprego volte a patamares de anos anteriores, o consumo irá se recuperar e as empresas do varejo tendem a crescer. Empresas com boa gestão e boa entrega irão se destacar, como a Renner“, afirma Carlos Müller, da Geral. Ele também indica a Ambev  (ABEV3) como um ativo que tende a se valorizar ainda mais com a recuperação do varejo no país.

Banco do Brasil (BBAS3)
“Abrindo uma nova simetria de alta de longo prazo, a projeção do fundo que foi feita em 18/05/2016 até os R$ 34,74 está marcada nos R$ 41,07, e por isso me sugere entradas de médio prazo. Em franca tendência de alta de médio prazo, uma queda até os R$ 32,34 ou 31,66 seria uma nova oportunidade de compra”, afirma João Marcello. Carlos Müller, da Geral, também aponta o BB como uma boa opção de investimento em razão da melhora na gestão e na entrega de resultados.

B3 (BVMF3)
“A empresa está com cada vez mais volume de operações graças à sinergia de esforços que fez recentemente. Tanto a BM&FBovespa quanto a Cetip têm ampliado as operações e já formam uma empresa enorme, que pode ser considerada uma blue chip. A recuperação da Bolsa de Valores gera mais negócios e contribui bastante para os resultados da B3“, aponta Carlos Müller.

Vale (VALE3)
“Vejo oportunidade de entradas na ponta da compra, pensando no médio prazo. O ativo vem no processo de realização importante de curto prazo, cumprindo alvo de queda nos R$ 31,52 / 29,85, área que sugere uma nova reação por ser uma concentração de suporte importante. Com a tendência primária de alta, meu alvo para Vale está marcado na zona do R$ 41, que é projeção do fundo feito no dia 14/08, até a resistência da máxima do ano nos R$ 36,69″, explica João Marcello.

Pequenas e Médias Empresas/Small Caps

CVC (CVCB3)
“A empresa vem desenvolvendo muito bem. Havia dúvidas sobre como reagiria e seria atingida pela crise e por mudanças no setor do turismo recentemente, mas as respostas têm sido bastante positivas. A empresa tem se adaptado bem às mudanças no mercado e mostrado que tem tomado decisões acertadas. Além disso, a CVC sinaliza muito bem suas estratégias e movimentações ao mercado”, analisa Carlos Müller.

Rumo (RAIL3)
“A empresa gerou uma boa entrada na ponta compradora no rompimento dos R$ 10,97. Minha projeção da formação de alta que ela vem desenhando no gráfico diário e semanal está marcada nos R$ 14,50 para o final do ano. Sem um ponto de entrada claro no curto prazo, devido às últimas altas, aguardaria um novo recuo para novas entradas. Em caso de realizações até os R$ 11 ou R$ 10,58, ocorreriam novas chances de entradas”, avalia João Marcello.

Fleury (FLRY3)
“O setor de saúde tem crescido bastante no Brasil, e a Fleury tem entregue resultados bastante consistentes”, afirma Carlos Müller. No final de setembro, o mercado reagiu bem ao leilão de ações do grupo de medicina diagnóstica, que movimentou R$ 1,33 bilhão na B3, com o preço por ação e a quantidade de papéis negociados ficando acima do informado no edital.

CCR (CCRO3)
“Está gerando entradas de posição no papel na zona dos R$ 17,30/16,80. Em clara tendência de alta de longo prazo, sentiu a chegada em área de resistência importante, que passa nos R$ 19,19, abrindo espaço para correções de curto prazo. A minha projeção para o papel até o final do ano está na faixa dos 21,50 e 23. Ficaria desanimado se o papel perder suporte de preço, nos R$ 15,96”, explica João Marcello.