O Banco Central (BC) e o Conselho Nacional e Justiça (CNJ) estão nas tratativas finais para assinatura do acordo sobre mediação digital de conflitos entre instituições financeiras e clientes. Com o acordo, a plataforma de mediação do CNJ será utilizada para resolver disputas entre as partes, reduzindo o número de ações que estão na Justiça.
O presidente do Banco Central, Ilan Goldfajn, o diretor de Relacionamento Institucional, Isaac Sidney, e o procurador-geral da instituição, Cristiano Cozer, estiveram reunidos na tarde de hoje com a presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministra Carmén Lúcia, que também preside o CNJ. O presidente da Federação Brasileira de Bancos (Febraban), Murilo Portugal, também esteve presente. Goldfajn e Isaac saíram do encontro sem falar com a imprensa, em função do período de silêncio que antecede a reunião do Comitê de Política Monetária (Copom).
O uso da plataforma do CNJ é visto pelo BC como uma solução para reduzir, nos tribunais brasileiros, o número de ações que envolvem clientes e bancos. Por ela, o cliente poderá registrar uma reclamação, que será respondida pelos bancos. Se houver consenso, um juiz homologa o acordo.
Com menos ações chegando aos tribunais, a expectativa é de que a despesa das instituições com litígios também caia e, no limite, isso acabe contribuindo para a redução do risco de crédito e do spread bancário.
Fonte: Agência Estado