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Com Selic a 7,5%, poupança ganhará de fundos com taxa acima de 1%, diz Anefac

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Com a maioria das projeções de mercado apontando que a taxa Selic (juro básico da economia), a ser anunciada hoje pelo Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central, deve ter uma queda de 0,75 ponto percentual, para 7,5% ao ano, os fundos de renda fixa, especialmente os DI e curto prazo, seguem perdendo competitividade em relação às cadernetas de poupança. Isso ocorre sobretudo nas aplicações de baixo valor, em que esses fundos costumam cobrar dos aplicadores taxas de administração mais elevadas.

A avaliação é de Miguel de Oliveira, diretor executivo de Estudos e Pesquisas Econômicas da Associação Nacional dos Executivos de Finanças Administração e Contabilidade (Anefac). Ele destaca que neste novo patamar de juros, apesar da nova regra que reduz os ganhos dos depósitos em poupança feitos depois de 4 de maio de 2012 para 70% da taxa Selic quando ela cai para 8,5% ao ano ou menos, a caderneta continua sendo uma melhor opção de investimento. Principalmente em relação aos fundos cujas taxas de administração sejam superiores a 1% ao ano.

Taxa média de 2,59% até R$ 1 mil

Segundo dados da Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima), a taxa de administração média dos fundos de renda fixa com aplicação até R$ 1 mil era de 2,59% em junho. De R$ 1 mil a R$ 25 mil, a taxa cai para 1,07% e, de R$ 25 mil a R$ 100 mil, a taxa média é de 0,91%. Os chamados fundos de relacionamento, aqueles que aplicam automaticamente os recursos, cobram 2,46% em média. Isso na média. Na prática, alguns fundos chegam a cobrar 5% de taxas de administração, ou seja, de um juro de 7,5% ao ano o banco ficaria com 5% e o investidor com 2,5%, menos impostos.

Atualmente, a Selic está em 8,25% ao ano. Para o mercado, a taxa básica deve recuar para 7,50% nesta quarta-feira, e encerrar 2017 em 7% ao ano. A última reunião de 2017 do Copom está marcada para os dias 5 e 6 de dezembro.

Isenção de tributos e taxas beneficiam  poupança

O diretor da Anefac lembra que além de ter seu ganho garantido por lei, a poupança não sofre qualquer tributação. “Já os fundos de renda fixa, além de sujeitos a tributação do Imposto de Renda sobre seus rendimentos, têm ainda a taxa de administração cobrada pelos bancos”, destaca.

“Tendo em vista a Taxa Básica de Juros (Selic) ter ficado abaixo do gatilho de 8,5% ao ano, o rendimento da poupança antiga se mantém em TR + 6,17% ao ano, mas as novas, dos depósitos feitos depois de 4 de maio de 2012, passam a ter um rendimento de 70% da Taxa Básica de Juros (Selic), mais a variação da TR”, explica Oliveira.

Simulações mostram efeito do novo patamar de juros

A Anefac fez várias simulações para mostrar os efeitos da nova redução da taxa Selic sobre as aplicações financeiras. O estudo da entidade mostra que os investimentos em fundos perdem para a poupança em diversas situações, e terão um rendimento inferior à caderneta de poupança quando suas taxas de administração forem superiores a 1% ao ano.

Portanto os investidores, além de ficar de olho nas taxas de administração, devem lembrar que a tributação nos fundos é tanto maior quanto menor for o prazo de resgate da aplicação, sendo de 22,5% até seis meses, 20% de seis meses a um ano, 17,5% de um a dois anos e 15% acima de dois anos.

O estudo considerou custos da taxa de administração cobrada pelos bancos entre 0,50% ao ano e 3% ao ano (padrão utilizado no sistema financeiro).

Na tabela abaixo feita pela Anefac, é possível conferir as projeções de rendimento para os fundos de acordo com sua taxa de administração e prazos. Ela sinaliza que a caderneta de poupança já ganha dos fundos na maioria das situações.

FUNDOS DE INVESTIMENTOS X POUPANÇA

1) Rendimento mensal líquido dos Fundos com uma Selic a 7,50% ao ano (rendimento líquido mensal nos Fundos)

Com a Selic em 7,50% ao ano as contas da Poupança terão um rendimento mensal de 0,43% ao mês correspondente a um rendimento de 70% da Selic + TR.

Os fundos de investimentos, como mostra a tabela, vão ter um rendimento superior às contas da Poupança quando suas taxas de administração forem inferiores a 1% ao ano (cor vermelha) e terão um rendimento inferior às cadernetas de poupança (cor amarela) quando suas taxa de administração forem superiores a 1% ao ano. A tabela mostra em cinza situação em que o rendimento dos fundos de investimentos e caderneta de poupança empatam.

Exemplos mostram desempenho de uma aplicação de R$ 10 mil:

Confira abaixo alguns exemplos elaborados pela Anefac de como ficaria uma aplicação financeira no valor de R$ 10 mil pelo prazo de 12 meses (considerando a Selic estável em 7,50% ao ano):
– Na Poupança antiga, este investidor teria acumulado de rendimento o valor de R$ 617,00 (6,17% ao ano) totalizando um valor aplicado de R$ 10.617,00;
– Na Poupança nova, este investidor teria acumulado de rendimento o valor de R$ 525,00 (5,25% ao ano), totalizando um valor aplicado de R$ 10.525,00;
– Em um Fundo de investimentos cuja taxa de administração seja de 0,50% ao ano este investidor teria acumulado de rendimento o valor de R$ 566,00 (5,66% ao ano), totalizando um valor aplicado de R$ 10.566,00;
– Em um Fundo de investimentos cuja taxa de administração seja de 1,00% ao ano, este investidor teria acumulado de rendimento o valor de R$ 528,00 (5,28% ao ano), totalizando um valor aplicado de R$ 10.528,00;
– Em um Fundo de investimentos cuja taxa de administração seja de 2,50% ao ano, este investidor teria acumulado de rendimento o valor de R$ 441,00 (4,41% ao ano), totalizando um valor aplicado de R$ 10.441,00;
– Em um Fundo de investimentos cuja taxa de administração seja de 3,00% ao ano, este investidor teria acumulado de rendimento o valor de R$ 403,00 (4,03% ao ano), totalizando um valor aplicado de R$ 10.403,00;
Considerando uma aplicação em CDB, destaca a Anefac, o investidor teria que obter uma taxa de juros de cerca de 85% do CDI para atingir o mesmo ganho obtido pela poupança nova, já que as aplicações em CDB’s pagam igualmente IR, de acordo com o prazo de resgate da aplicação.

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