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Copom corta juros para 7,5% e reforça expectativa de 7% no fim do ano

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O Comitê de Política Monetária (Copom) decidiu, por unanimidade, reduzir a taxa básica Selic em 0,75 ponto percentual, para 7,50% ao ano, como esperado pelo mercado. Além da redução, o Copom indicou que vai continuar com a queda dos juros, mas com um ritmo mais moderado, o que coincide com as expectativas do mercado de mais uma queda em dezembro, desta vez de 0,50 ponto, o que levaria o juro básico a encerrar o ano em 7%, o menor da história da Selic. A discussão será sobre se haverá um novo corte em fevereiro do ano que vem, de 0,25 ponto, o que encerraria o ciclo de queda dos juros em 6,75%.

Neste comunicado, o Copom passou a divulgar a projeção para a inflação de 2019, que entrou no cenário relevante para definição dos juros, explica Luciano Sobral, economista do Santander Brasil. A projeção para 2018 foi reduzida de 4,4% para 4% e a de 2019 está em 4,25%. Outra alteração no comunicado foi na parte relativa ao cenário externo, com a inclusão da expressão “em demasia” ao falar sobre as pressões das condições financeiras nas economias avançadas. Assim, a avaliação passou a indicar alguma preocupação com o impacto do crescimento global nas economias desenvolvidas.

A seguir, a nota oficial do Copom:

“O Copom decidiu, por unanimidade, reduzir a taxa Selic em 0,75 ponto percentual, para 7,50% a.a., sem viés.

A atualização do cenário básico do Copom pode ser descrita com as seguintes observações:

O conjunto dos indicadores de atividade econômica divulgados desde a última reunião do Copom mostra sinais compatíveis com a recuperação gradual da economia brasileira;

O cenário externo tem se mostrado favorável, na medida em que a atividade econômica global vem se recuperando sem pressionar em demasia as condições financeiras nas economias avançadas. Isso contribui para manter o apetite ao risco em relação a economias emergentes;

O Comitê julga que o cenário básico para a inflação tem evoluído conforme o esperado. O comportamento da inflação permanece favorável, com diversas medidas de inflação subjacente em níveis confortáveis, inclusive os componentes mais sensíveis ao ciclo econômico e à política monetária;

As expectativas de inflação apuradas pela pesquisa Focus recuaram para em torno de 3,1% para 2017 e 4,0% para 2018. As projeções para 2019 e 2020 mantiveram-se em torno de 4,25% e 4,0%, respectivamente; e

No cenário com trajetórias para as taxas de juros e câmbio extraídas da pesquisa Focus, as projeções do Copom situam-se em torno de 3,3% para 2017, 4,3% para 2018 e 4,2% para 2019. Esse cenário supõe trajetória de juros que encerra 2017 e 2018 em 7,0% e eleva-se para 8,0% ao longo de 2019.

O Comitê ressalta que seu cenário básico para a inflação envolve fatores de risco em ambas as direções. Por um lado, a combinação de (i) possíveis efeitos secundários do choque favorável nos preços de alimentos e da inflação de bens industriais em níveis correntes baixos e da (ii) possível propagação, por mecanismos inerciais, do nível baixo de inflação pode produzir trajetória prospectiva abaixo do esperado. Por outro lado, (iii) uma frustração das expectativas sobre a continuidade das reformas e ajustes necessários na economia brasileira pode afetar prêmios de risco e elevar a trajetória da inflação no horizonte relevante para a política monetária.  Esse risco se intensifica no caso de (iv) reversão do corrente cenário externo favorável para economias emergentes.

Considerando o cenário básico, o balanço de riscos e o amplo conjunto de informações disponíveis, o Copom decidiu, por unanimidade, pela redução da taxa básica de juros em 0,75 ponto percentual, para 7,50% a.a., sem viés. O Comitê entende que a convergência da inflação para a meta no horizonte relevante para a condução da política monetária, que inclui os anos-calendário de 2018 e 2019, é compatível com o processo de flexibilização monetária.

O Copom entende que a conjuntura econômica prescreve política monetária estimulativa, ou seja, com taxas de juros abaixo da taxa estrutural.

O Comitê enfatiza que o processo de reformas e ajustes necessários na economia brasileira contribui para a queda da sua taxa de juros estrutural.  As estimativas dessa taxa serão continuamente reavaliadas pelo Comitê.

A evolução do cenário básico, em linha com o esperado, e o estágio do ciclo de flexibilização tornaram adequada a redução da taxa básica de juros em 0,75 ponto percentual nesta reunião. Para a próxima reunião, caso o cenário básico evolua conforme esperado, e em razão do estágio do ciclo de flexibilização, o Comitê vê, neste momento, como adequada uma redução moderada na magnitude de flexibilização monetária. O Copom ressalta que o processo de flexibilização continuará dependendo da evolução da atividade econômica, do balanço de riscos, de possíveis reavaliações da estimativa da extensão do ciclo e das projeções e expectativas de inflação.

Votaram por essa decisão os seguintes membros do Comitê: Ilan Goldfajn (Presidente), Carlos Viana de Carvalho, Isaac Sidney Menezes Ferreira, Maurício Costa de Moura, Otávio Ribeiro Damaso, Paulo Sérgio Neves de Souza, Reinaldo Le Grazie, Sidnei Corrêa Marques e Tiago Couto Berriel.”

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