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Dólar em nova marcha de alta: Qual o limite?

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Possibilidade de mudança no ritmo do consumo nos Estados Unidos, esfacelamento da base de apoio do governo de Michel Temer na Câmara: fatores fora e dentro do Brasil têm definido voos mais altos para o dólar nos últimos dias.

Semana passada, a moeda rompeu a barreira dos R$ 3,23, maior valor desde julho deste ano, quando os desdobramentos do depoimento da JBS na Operação lava Jato sacudiram o mercado.

Leandro Ruschel, sócio-fundador do Grupo L&S, afirma que o novo movimento de alta do dólar ressurgiu com uma sinalização de diminuição significativa de apoio ao presidente às vésperas da votação à segunda denúncia, ao ponto de indicar ao mercado que a reforma da previdência – uma nova proposta, mesmo que desidratada em relação à almejada pelo mercado – não terá o apoio suficiente. “Se a reforma da previdência não for aprovada ainda em 2017, isso poderá gerar uma perda significativa para o próximo ano, piorando ainda mais o quadro fiscal”, afirma Ruschel. Esse fato gera a pressão sobre o dólar, já que há expectativa de piora do quadro fiscal do país, adiando a recuperação plena da economia.

Além disso, os investidores têm se mostrados tensos com a sinalização de aprovação da reforma tributária nos EUA, que deve impulsionar a economia americana e obrigar o Federal Reserve (FED, o Banco Central americano) a aumentar os juros básicos da economia, talvez de maneira mais intensa do que o projetado por analistas. Caso os juros subam, haverá fluxo de recursos para os EUA e, consequentemente, pressão sobre o valor do dólar em mercados emergentes como o Brasil.

A tensão dos investidores se reflete na liquidez do mercado de dólar. A B3 atingiu na semana passada o recorde de 1.024.963 minicontratos futuros de dólar (WDO) negociados. O recorde anterior era de 988.199 minicontratos negociados, em 10/11/2016. Em relatório divulgado no último dia 24, a Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima) estimou que o dólar deverá encerrar 2017 cotado a R$ 3,20. No cenário externo, os economistas ouvidos pela entidade ressaltaram o quadro de recuperação da economia e inflação abaixo da meta na Ásia, na Europa e nos Estados Unidos, relacionando as maiores incertezas às questões políticas. Há consenso de que as medidas de reversão da política monetária expansionista permanecerão em ritmo gradual, seja na redução de compra de ativos pelos bancos centrais ou pela elevação da taxa de juros, o que favorece os países emergentes a continuarem se beneficiando da forte liquidez nos mercados internacionais.

Thiago Bisi, analista-chefe da L&S Análise, empresa do Grupo L&S, acredita que a moeda americana seguirá subindo até bater os R$ 3,25 e então poderá recuar. “Não apostaria na alta do dólar fora desse patamar, se subir mais será em menor intensidade”, comenta. Para os investidores ou quem pretende comprar a moeda para viajar, as mudanças no câmbio causam calafrios – ou chance de lucrar com aplicações. O consultor Fernando Marcondes, planejador financeiro da GGR Planejamento Patrimonial, explica que o dólar pode ser uma boa aplicação para quem busca diversificação, sem depender da renda fixa e as taxas básicas de juros da economia. “O dólar vale para reforçar aquela dica de não colocar todos os ovos em uma única cesta, pois a diversificação é um seguro gratuito em momentos de crise, é o que evita, ou poderá evitar, grandes perdas”, afirma.

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