“Essa é uma notícia muito boa porque mostra que as empresas brasileiras reconhecem a importância da experiência no ambiente de trabalho”, disse o ministro do Trabalho, Ronaldo Nogueira, em declaração publicada no site do órgão. Na faixa etária entre 50 e 64 anos, onde está classificada parte dos idosos, a remuneração também foi superior à média e fechou agosto em R$ 1.727,54.
Em 23 das 27 unidades da federação, os idosos ganham mais. Apenas Amapá e Rio Grande do Sul não seguem essa lógica. Nestes, trabalhadores formais entre 40 e 49 anos têm as melhores remunerações.
Outras faixas etárias
De acordo com os dados do Caged, a média salárial de jovens até 17 anos é de R$ 771,36 e a de jovens de 18 a 24 anos é de R$ 1.210,67. Já os trabalhadores formais entre 25 e 29 anos recebem, em média, R$ 1.504,67 e aqueles de 30 a 39 anos têm uma média salarial de R$ 1.666,71. Trabalhadores de 40 a 49 ganham, em média, R$ 1.710,78. Aqueles com idade entre 60 e 64 anos têm uma remuneração média de R$ 1.727,54.
Mais idosos no mercado formal
A presença dos idosos no mercado de trabalho também tem se mostrado mais expressiva. Houve um aumento de 58,8% entre 2010 e 2015 no número de trabalhadores formais com mais de 65 anos. Em 2010, eram 361,3 mil idosos com carteira assinada. Cinco anos depois, esse número subiu para 574,1 mil. Para o coordenador de Estatísticas do Trabalho do Ministério do Trabalho, Mário Magalhães, isso é resultado de uma maior longevidade da população.
“O aumento da longevidade dos brasileiros tem feito com que eles tenham uma vida produtiva também mais alongada. Isso, aliado à experiência adquirida com o tempo, faz com que ocupem cargos de mais alto escalão, onde os salários também são mais altos.”