A discussão de anos entre a Petrobras (BOV:PETR3) (BOV:PETR4) e o governo federal sobre a transferência de direitos da área do pré-sal está avançando e, após a ANP se pronunciar a respeito na última sexta-feira, as chances de que uma solução possa ser encontrada até o final do ano cresceram. A decisão é vista por analistas como um importante valor que pode ser destravado e com forte impacto sobre as ações no curto prazo.
A ANP informou que a certificadora Gaffney, Cline & Associates estimou um intervalo sobre os volumes recuperáveis no âmbito do Contrato de Cessão Onerosa. Foram realizadas três estimativas diferentes com um percentual de chance de ocorrência de volume igual ou superior a (o total é acrescentado de 5 bilhões de barris de petróleo equivalente já negociados com a Petrobras, em 2010):
Estimativas da Gaffney, Cline & Associates (em bilhões de barris) | ||
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% | Volume recuperável | Total |
90% | 6,1 | 11,1 |
50% | 10,8 | 15,8 |
10% | 15,1 | 20,1 |
Os números foram considerados expressivos pelo Credit Suisse, que publicou uma análise após o comunicado do regulador. Segundo os analistas Andre Natal e Regis Cardoso, o governo tem interesse em fechar um acordo o quanto antes para precificar o volume excedente em novos leilões após o sucesso das últimas rodadas. A recomendação de compra foi reiterada.
No último dia 31 de outubro, o Bradesco pôs na conta o valor de US$ 8 bilhões resultante da transferência de direitos em áreas do pré-sal a ser recebido, o que levou a uma elevação de R$ 2 no preço-alvo para R$ 20. A recomendação de compra foi reiterada.
Fonte: Money Times