Bancos revisam ações da Magazine Luiza

As ações da Magazine Luiza (BOV:MGLU3) caíram 23% desde o final da setembro, o que fez os analistas de banco repensarem seus posicionamentos sobre o ativo. Até então, alguns meses atrás, a MGLU3 era consenso no mercado, porém, o início de vendas de produtos eletrônicos na plataforma da Amazon e a ansiedade pelo balanço trimestral afetaram os preços.

Veja Mais: Magazine Luiza tem aumento de 272,6% no lucro líquido no 3T17

Mas os resultados apresentaram um crescimento de 272,6% no lucro líquido durante o terceiro trimestre e um salto de 55% no e-commerce, mostrando que o “risco Amazon” não se concretizou. Dessa forma, os investidores voltaram a apostar na recuperação dos papéis.

Além disso, o BTG Pactual indicou em relatório que acredita na entrada da empresa na próxima composição do Ibovespa, o que poderá ou não ser reforçado com a primeira prévia da B3, com previsão de divulgação em 1º de dezembro.

Avaliações dos bancos

No final da semana passada, o JP Morgan fez uma recomendação overweight (alocação acima da média) da empresa, com preço-alvo de R$72,00. “Diferentemente de muitos varejistas, a mentalidade é de inovar e criar tecnologia proprietária ao invés de comprá-la, o que posiciona o Magazine Luiza para um bom crescimento no online enquanto alavanca sua plataforma física para suportar a potencial mudança do mercado”, avaliaram os analistas Joseph Giordano, Olivia B Petronilho e Nicolas Larrain, responsáveis pelo relatório.

O Bradesco optou por elevar as estimativas para o ativo para o final de 2018 de R$ 72,00 para R$ 75,00, reiterando a recomendação de compra. O relatório assinado por Richard Cathcart e Flávia Meirelles ressalta o bom posicionamento da empresa no setor de varejo e a premissa positiva para o crescimento da sua divisão online.

Seguindo a mesma tendência, o BB Investimentos reforçou a recomendação outperform e elevou o preço-alvo para o final de 2018 de R$64,40 para R$ 70,00. O analista Maria Paula Cantusio afirmou que apesar da cautela d0 mercado por causa da Reforma da Previdência, “uma vez que o cenário macro se estabilize novamente, a ação da Magazine Luiza deve apresentar uma recuperação na bolsa de valores, se beneficiando da contínua e excepcional performance da empresa”.

O BTG Pactual também reiterou a recomendação de compra e passou o preço-alvo de R$ 74,00 para R$80,00. Os analistas Fabio Monteiro e Luiz Guanais entendem que os balanços trimestrais mais favoráveis que os das empresas concorrentes e os investimentos em tecnologia e desenvolvimento da operação de marketplace permitem “um crescimento acima da média nos próximos anos”.

Diante disso, o potencial de valorização é aproximadamente de 30%, levando em consideração a média de preços-alvos recomendados.