Após ser citada em delação da Operação Lava Jato, as ações da CCR (BOV:CCRO3) encerraram o pregão de ontem (26) com queda de 10,01% — sendo cotada a R$ 12,41. O fechamento desta segunda representa a menor cotação da empresa desde 25 abril de 2016, quando o papel da companhia chegou a cair 14,25%, a R$ 12,07.
Desde sexta-feira (23), quando termo de colaboração de Assad foi divulgado, a CCR perdeu R$ 4,62 do seu valor de mercado.
Adir Assad, delator da operação Lava-Jato na Polícia Federal, citou a companhia e seus executivos. Assad envolveu a concessionária em um esquema de corrupção e informou sobre a existência de contratos superfaturados que geraram dinheiro em espécie para a empresa, mas sem definir o valor. Em comunicado, a CCR negou o envolvimento e disse que os contratos foram assinados e devidamente contabilizados.
Na tarde de ontem, a CCR realizou uma teleconferência com analistas e investidores para tratar especificamente sobre o assunto. Segundo alguns representantes da empresa, assim que as primeiras noticias sobre o assunto saíram, a CCR iniciou um processo de investigação interna para apurar o caso. Até aquele momento, a companhia não havia sido notificada pela Lava-Jato.
Fonte: Valor Econômico