O Bitcoin (COIN:BTCUSD) é uma moeda, assim como o real ou o dólar, que surgiu em 2008 pelo desenvolvedor Satoshi Nakamoto – porém, ninguém o conhece, já que sua identidade não fora comprovada. Possui seu valor e há a possibilidade de fazer operações de câmbio com essa moeda. A sua diferença crucial é que ela é totalmente virtual e sua emissão não é controlada por um Banco Central. Ela é produzida de maneira descentralizada por milhares de computadores, mantidos por pessoas que “emprestam” a capacidade de suas máquinas para criar Bitcoins e registrar todas as transações feitas. No processo de nascimento dessa moeda, chamado de “mineração”, os computadores ligados à rede competem entre si na resolução de problemas matemáticos. Quem ganha, recebe um bloco do Bitcoin.

Por um tempo, houvera muita repercussão a respeito dessa suposta moeda virtual. Muitos correram para investir o que podiam, vendo-a como se fizesse parte promissora de um futuro mercado; outros já suspeitavam de sua inconsistência por vários fatores. Nesta sexta-feira a criptomoeda sofreu uma nova queda. O Bitcoin, que no final de 2017 esteve em alta e com irreais níveis de valorização, com milhares de pessoas impulsivamente investindo economias e até hipotecando casas, começou a sofrer bruscas desvalorizações. Segundo o economista André Bona, essa queda já era esperada, considerando que o único fundamento do Bitcoin é vender para outra pessoa, sendo assim, uma hora a pirâmide acabaria.

“O Bitcoin é aceito pelo comércio, por empresas de serviços financeiros ou por alguma outra pessoa? Ainda que você saiba de alguém que o aceite, essa será uma imensa exceção. Poucos o aceitam, ou o que é pior, alguns nem mesmo ouviram falar sobre. A moeda só é aceita nas plataformas de negociação online e, além disso, nada no mundo é referenciado em Bitcoin. A única função na qual é reconhecida, à semelhança das outras moedas, é a de reserva de valor”, comenta Pedro Paulo Silveira, Economista-Chefe da Nova Futura Investimentos.

“O único fundamento dessa moeda é vender mais caro pra alguém. E o grande problema surge a partir daí: esse alguém sumiu, quebrando a pirâmide. Houveram pessoas que hipotecaram a casa pra comprar essa moeda e, agora, estão com prejuízo. As pessoas tomam o Bitcoin como investimento, e não forma de pagamento, que é a sua real função”, opina Fernando Marcondes, Planejador Patrimonial da GGR.