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Semana terá PIB, crédito, setor externo, emprego, dados fiscais, balança e juro nos EUA

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Na semana de 26 de fevereiro a 02 de março, a agenda econômica doméstica é intensa. Entre os principais destaques estão a divulgação do Produto Interno Bruto (PIB) referente ao quarto trimestre, que sai na quinta-feira (dia 1/3) e, já nesta segunda-feira, resultados do setor externo e dados das operações realizadas no mercado aberto pelo Banco Central, como a venda de títulos federais, ambos relativos a janeiro. O Banco Central (BC) deve liberar na terça-feira dados referentes às operações de crédito em janeiro. Na quarta, destaque para a nota de política fiscal do BC e para a PNAD Contínua de janeiro, com informações sobre o mercado de trabalho, além da divulgação de importantes indicadores de inflação — o IGP-M (sai na terça-feira, 27) e o IPC-Fipe (sexta, dia 2), ambos relativos a fevereiro. 

Mercado de olho no discurso de Powell, política monetária e PIB dos EUA 

Os destaques internacionais, na avaliação da equipe do Depec-Bradesco e do Banco Votorantim, ficam por conta do primeiro discurso do novo presidente do Fed (Federal Reserve, Banco Central americano), Jerome Powell, na terça-feira, dia 27, pela manhã, perante o Congresso no evento semi-anual Humphrey Hawkins. Está prevista também a divulgação do  PCE (Personal Consumption Expenditures – indicador de inflação usado pelo Fed em suas metas) de janeiro, na quinta-feira. 

A expectativa dos analistas do banco Bradesco é que a primeira manifestação de Powell poderá trazer mais detalhes do processo de normalização da política monetária nos EUA.  Em relação ao núcleo do PCE, espera-se que deverá mostrar pequena aceleração na variação mensal, enquanto na Europa, que divulga a inflação ao consumidor prévia de fevereiro, as previsões são de reforço de aceleração lenta.. 

Segunda prévia do PIB americano sai na quarta-feira 

O time do Banco Fator ressalta ainda, em relatório a clientes, que o Bureau of Economic Analysis (BEA) irá publicar, no dia 28, a segunda prévia do PIB dos EUA, referente ao quarto trimestre de 2017. A primeira prévia do GDP (Gross Domestic Product), sigla em inglês para Produto Interno Bruto (PIB), lembra o informe, indicou um crescimento 2,6% na atividade sobre o período imediatamente anterior. O consumo das famílias e o investimento registraram altas de 3,8% e 3,6% respectivamente, enquanto as importações “bombaram” em quase 14%. As exportações líquidas e os estoques contraíram 1,1% e 0,7%, mantendo a ordem, “o que indica uma forte demanda doméstica”, destacam os analistas. 

Empregos, salários e pressões sobre a inflação 

Os dados do mercado de trabalho norte-americano também estarão no foco dos analistas de mercado. No começo de fevereiro, lembra a consultoria Rosenberg Associados (RA), a subida dos salários acima do projetado foi um dos gatilhos ao aumento da preocupação com a inflação, levando ao aumento da volatilidade e perdas relevantes no mercado acionário. “Acreditamos que o dado deve ganhar relevância na próxima sexta-feira. Divulgada na quinta-feira, a inflação de janeiro (auferida pelo BEA) também deverá ser acompanhada atentamente”, ressaltam 

Europa e Ásia apresentam dados de inflação e atividade econômica 

Ainda na quarta-feira saem dados da inflação ao consumidor na Europa, indicadores de confiança e de inflação na zona do euro. Na Ásia, a agenda econômica também será cheia: serão apresentados dados dos PMIs na China e os principais números de atividade e inflação no Japão. 

No Brasil, foco na intervenção federal no RJ e pré-candidaturas à eleição presidencial 

No cenário político, com a intervenção do governo federal na segurança no Rio de Janeiro, tendo como consequência o adiamento da reforma da Previdência na Câmara, as atenções estão voltadas para a eleição presidencial de outubro, especialmente entre as forças governistas. 

A  pré-candidatura do ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, admitida por ele próprio, deverá ter desdobramentos no noticiário político e econômico da semana. A possibilidade de sua filiação, e posterior lançamento de seu nome, pelo MDB, aumenta o leque de prováveis candidaturas governistas e, ao mesmo tempo, a divisão dentro do campo do governo, a começar pelo próprio presidente da República. Aliados de Temer admitem a possibilidade, no futuro, de sua candidatura à reeleição, embalado pela recuperação da economia e pelo sucesso da intervenção no Rio,  além das candidaturas de Geraldo Alckmin (PSDB) e Rodrigo Maia (DEM). 

Geraldo Alckmin, por sua vez, começa a consolidar o lançamento de seu nome à presidência, com a desistência do prefeito de Manaus, Arthur Virgílio, de disputar as prévias do PSDB. Alckmin, no entanto, terá de administrar possível desgaste com os ataques do prefeito a ele e às regras da disputa, que, no entendimento de Virgílio, favoreceram o governador paulista, levando-o a desistir. 

Ainda em São Paulo, com interesse direto de Alckmin, o prefeito João Doria deve ser o foco das atenções nos próximos  dias, com a possível pré-candidatura ao Palácio dos Bandeirantes. O PSDB paulista deverá escolher o nome à sucessão de Alckmin até o final de março. A expectativa é de aliança com o PSD, que indicaria o vi-governador. Gilberto Kassab, ministro da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações, deve ser o nome indicado. 

Previsões positivas para o PIB no 4º tri, com destaque para o consumo 

O resultado do PIB do quarto trimestre, segundo análise dos economistas do Banco ABC Brasil, longe de ser um dado antigo, tem mais importância para a projeção do crescimento do País neste ano do que para refletir o desempenho em 2017. 

“Quanto maior for crescimento da economia no final do ano passado, mais elevado será o carrego estatístico para este ano”, destacam os economistas em relatório. A expectativa da equipe do ABC é que a economia brasileira tenha crescido 0,4% no quarto trimestre de 2017. “Projetamos uma expansão do PIB – 2017 de 1,1%, revertendo a tendência de queda registrada nos dois anos anteriores (em 2015 a economia contraiu 3,8% e em 2016, 3,5%)”. 

Também para o Depec-Bradesco, o PIB do quarto trimestre deve mostrar crescimento de 0,4% na margem (variação mensal), com bom desempenho do consumo no período. “Esperamos mais um bom resultado do PIB para o quarto trimestre do ano passado, levando o ano a encerrar com crescimento de 1% e dando continuidade à recuperação da economia”, afirmam em seu relatório a clientes os analistas da Rosenberg Associados. 

Avaliando demanda e oferta 

Já a equipe do Fator , lembrando que o PIB cresceu apenas 0,1% na comparação do terceiro trimestre do ano contra o segundo e 1,4% na comparação interanual, ressalta, do lado da demanda, dois destaques favoráveis. O consumo das famílias continuou em alta, embora no mesmo ritmo do trimestre anterior (1,2%). A formação bruta de capital fixo cresceu 1,6%, pela primeira vez desde o início de 2013, enquanto o gasto do governo continua em queda, e as importações reagem à recuperação da atividade.  

Do lado da oferta, o destaque negativo, para os analistas do Fator, foi a agropecuária, com a segunda queda consecutiva depois da forte alta do primeiro trimestre. A indústria teve leve crescimento (0,8%), com destaque para a indústria de transformação (1,4%). Os serviços cresceram pelo terceiro trimestre consecutivo (0,6%), puxados pelo comércio (1,6%). “Nossa estimativa para o último trimestre de 2017 indica uma alta de 1% contra o terceiro período, e 3% contra o mesmo trimestre do ano anterior — o que levaria a um crescimento de 1,3% em 2017”. 

IGP-M: Depec Bradesco projeta alta moderada, de 0,07% 

Para o IGP-M de fevereiro (índice empregado no reajuste dos contratos financeiros e de aluguel), a projeção dos analistas do banco Bradesco é de alta moderada (0,07%), sendo ajudado pela deflação de produtos agropecuários. 

“Esperamos que o IGP-M de fevereiro acumulado em doze meses desacelere na margem (variação mensal) para 0,52%, frente à taxa de 0,76% registrada em janeiro”, projetam os analista do Banco Fator. Na visão da equipe, o destaque é o IPA, que deve se aproximar a estabilidade na variação mensal, como indicam as prévias do índice. “Em relação a fevereiro de 2017, estimamos uma taxa de – 0,02%, indicando o fim de sete meses seguidos de deflação.” 

Variação de – 0,07%, menor do que a observada no mês anterior (0,76%) e menor taxa mensal desde jul/17 (-0,72%). Esta é a projeção dos analistas da Rosenberg Associados para o IGP-M de fevereiro. Na comparação interanual, destacam, o índice deve variar – 0,6%. Na abertura por grupos (variação mensal), destaque para a deflação do IPA, reflexo da queda nos grãos e no minério de ferro – em linha com o movimento recente observado no mercado internacional. O IPC e o INCC também devem arrefecer nesta leitura. 

Previsão ainda é de melhora no mercado de trabalho 

Para a taxa de desemprego de janeiro, o Depec-Bradesco estima que deve continuar refletindo a melhora do mercado de trabalho, sem pressões salariais, no mesmo tom do Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados) de janeiro, que ainda não tem data conhecida de divulgação. 

A taxa de desocupação, para a RA Associados, refletindo a sazonalidade, tende a avançar no primeiro trimestre do ano. “Ainda assim, comparado ao mesmo trimestre do ano passado, devemos ver retração da taxa, em linha com a recuperação do mercado de trabalho.”  

Os analistas do Fator lembram, em relatório, que a taxa de desemprego decresce continuamente desde março de 2017 e fechou o último trimestre do ano passado em 11,8%. A recuperação do mercado de trabalho, contudo, baseia-se predominantemente no trabalhado informal, enquanto o emprego com carteira assinada ainda contrai. “Estimamos que, em janeiro, a taxa de desemprego atinja 12,0% em função da sazonalidade”, destacam. 

Resultados fiscais, balanço de pagamentos e crédito: sinais de melhora 

As notas que serão divulgadas pelo Banco Central na semana devem reforçar o cenário de balanço de pagamentos ajustado (setor externo), aceleração marginal dos dados de crédito (operações de crédito) e resultados fiscais com ligeira melhora, ajudados por receitas extraordinárias (política fiscal), analisa o Depec-Bradesco. 

Na visão da Rosenberg Associados (RA), a arrecadação federal de janeiro, sazonalmente forte, deverá ter resultado de R$ 139,4 bilhões. Se confirmada, será uma continuidade dos sinais mais animadores da economia nos últimos meses, com destaque para os impostos relacionados à atividade econômica. No acumulado em 12 meses e em termos reais, o dado de janeiro representaria crescimento de 0,4%. 

Superávit comercial poderá ter leve alta em fevereiro 

Em relação à balança comercial de fevereiro, a RA lembra que nas primeiras três semanas do mês houve crescimento notável das exportações e, mesmo que parte se reverta nas últimas duas semanas do mês, deve ser suficiente para garantir um bom resultado. “Com isso, esperamos um superávit comercial ligeiramente superior ao que foi verificado no mesmo mês do ano passado, dando continuidade ao crescimento do superávit acumulado em 12 meses”. 

Já para os indicadores fiscais de janeiro, também sazonalmente fortes em superávits, a expectativa da consultoria RA é que o resultado primário do Governo Central deve registrar superávit ao redor de R$ 11 bilhões. Em janeiro do ano passado, foi registrado um superávit de R$ 18 bilhões (nominal), e a média histórica para meses de janeiro é de um superávit ao redor de R$ 12,9 bilhões (nominal, desde 2004). “O resultado primário do setor público consolidado, que inclui os Estados e Municípios, deve registrar superávit ao redor de R$ 12 bilhões.” 

Bolsa: sinais de maior tranquilidade, após vencimentos de opções e índice futuro 

Analisando o cenário para as bolsas de valores e mercados de risco, o economista-chefe do home broker Modalmais, Alvaro Bandeira, afirma, em relatório a clientes, que houve acerto na avaliação anterior, de que o “mini crash” da bolsa americana antes do Carnaval “não passava de freio de arrumação para voltar a subir, sem interferência na tendência de mais longo prazo”. 

Para a semana corrente, ele acredita em  momentos mais tranquilos no ambiente de mercado, já que foram ultrapassados os vencimentos de opções e índice futuro e o período posterior de ajuste de posições. 

Ganhos fortes pressionam realização no curto prazo, mas tendência é de alta 

“Ocorre que muitas ações estão com ganhos fortes de curto prazo e podem sofrer mais pressão por realizações, não tão bem absorvidas pelos recursos que estão ingressando no mercado”, pondera Bandeira. Mas afirma que, apesar disso, “a tendência primária é ainda de alta, muito embora prevaleça a volatilidade nos mercados de risco”. Isso vale, segundo o economista, para a maior parte dos mercados no mundo e também para a B3. 

Incertezas com eleições e travamento de reformas 

No Brasil, avalia Bandeira, “com eleições majoritárias, três poderes em desalinho e economia sem emplacar mudanças estruturais”, é possível alguns sustos, “mas repetimos que a tendência básica da B3 segue sendo de valorização”. Pela análise técnica, ele estima que, depois de superado o novo recorde intraday, em 87.358 pontos, o objetivo passa a ser ao redor de 91.000 pontos.                

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