A PagSeguro, sistema de pagamentos online, avaliada em US$ 6,8 bilhões quando foi listada na Bolsa de Valores de Nova York (Nyse) em janeiro, ultrapassou as projeções mais otimistas dos bancários que cuidaram da operação.
A listagem que superou todas as estimativas deveu-se à decisão do controlador Universo Online (UOL) de ignorar a bolsa paulista, a B3, em favor de um mercado onde companhias da área de fintechs procuram melhores prêmios, contaram pessoas com conhecimento no negócio.
De acordo com a Reuters, a decisão ressalta como as bolsas latino-americanas – há muito dominadas por empresas tradicionais como bancos, fabricantes de bens de consumo, operadoras de telecomunicações e exploradoras de commodities – estão enfrentando dificuldades para atrair novas empresas de tecnologia. Se essa tendência persistir, poderá excluir bolsas como a B3 de um dos setores de crescimento da economia brasileira.
Já a B3 nega que haja uma tendência mais ampla de empresas migrarem para outros mercados. Entretanto, o superintendente de relacionamento com empresas e estruturadores de ofertas da B3, Tiago Isaac, reconhece que as companhias de tecnologia, são exceção.
“O segmento de empresas de tecnologia no qual a PagSeguro se inseriu concentra os investidores nos Estados Unidos”, disse.
A PagSeguro se concentra em pagamentos digitais e na venda de maquininhas de passar cartão, conhecidas como POS. As ações da companhia subiram 50% desde a precificação do IPO, sendo negociadas a 33,4 vezes seus ganhos futuros, um múltiplo muito parecido da PayPal, de 33,7 vezes.
Fonte: Reuters