A Polícia Federal deflagrou nesta segunda-feira (5) uma nova fase da Operação Carne Fraca – batizada por Operação Trapaça – que tem como alvo um esquema de fraudes descoberto na BRF (BOV:BRFS3), companhia do setor de carnes e processados. O grupo é investigado por fraudar resultados de análises laboratoriais relacionados à contaminação pelas bactérias “Salmonella pullorum”.
As fraudes foram constatadas entre 2017 e 2015. No total, 11 pessoas tiveram o mandado de prisão decretada, entre elas está o ex-presidente da BRF, Pedro de Andrada Faria, e o vice-presidente Hélio Rubens Mendes dos Santos Júnior. Eles teriam tentado impedir a divulgação das fraudes nos exames dos produtos, que foram reveladas em um processo trabalhista de uma ex-funcionária.
A BRF também é dona da Sadia, Qualy e Perdigão.
Operação Carne Fraca 2017
A operação foi deflagrada pela primeira vez em março de 2017, e tinha como alvo esquemas de fraudes envolvendo fiscais do Ministério da Agricultura possivelmente praticados por companhias controladas pela BRF. As sentenças devem sair ainda este ano.
Operação Carne Fraca – Trapaça
Inicialmente, a primeira fase da Operação Trapaça não envolve crime de corrupção. As apurações decorrem das descobertas das investigações da PF da primeira e segunda fase que tinham dezenas de frigoríficos como alvos, entre eles unidades da BRF e JBS (JBSS3) – dona da Friboi.
Ações da BRF
Os ativos da companhia registrado na bolsa paulista despencava 11% nesta segunda-feira, como o mercado atento à nova fase da operação.
As ações de outros grupos do segmento de proteínas também foram impactadas: a JBS recuava 3,4% e Marfrig (MRFG3) perdia 1,58%. Fora do índice Minerva (BEEF3) perdia 2,68%.
Fonte: Estadão