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IPCA baixo reforça corte dos juros, mas IGP-M já mostra inflação subindo; juro da NTN-B cai para 5,40%

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O IPCA, indicador usado como referência para o sistema de metas de inflação do Banco Central (BC), subiu 0,22% em abril, acima da variação do mês anterior, de 0,09%, mas abaixo da projeção mediana do mercado (0,28%). O acumulado em 12 meses, de 2,76%, ficou um pouco acima dos 2,68% do mês anterior, mas ainda bem abaixo do piso da meta do BC, de 3% ao ano, deixando uma boa folga para um novo corte de juros na semana que vem, de 6,5% para 6,25%, acreditam economistas e analistas. Outro indicador de inflação, porém, o IGP-M, mostrou uma aceleração bem mais forte na primeira prévia de maio, o que pode ser um indício de que a alta do dólar está chegando aos preços e que o período de inflação muito baixa está chegando ao fim.

O impacto do IPCA foi mais forte nos contratos futuros de juros na B3, com recuo das projeções. Para janeiro de 2019, contrato que dá a projeção para a Selic deste ano, a taxa caiu de 6,29% para 6,26% ao ano. Já no contrato para janeiro de 2020, o juro projetado recuou de 7,34% para 7,18% ao ano e, para 2025, de 10,19% para 9,91% ao ano.

Também as taxas dos títulos to Tesouro Direto recuaram hoje, com as NTN-B, ou Tesouro IPCA+, para 2035 e 2045, caindo de 5,44% ao ano ontem para 5,40% mais IPCA hoje.

Mais um corte nos juros

Com a inflação bem comportada, o cenário internacional ganhou relevância nas últimas semanas, avalia a Rosenberg Associados. Mas, mesmo com a deterioração das condições brasileiras no curto prazo, em movimento observado nas demais economias emergentes, deve haver espaço para mais um corte de 0,25 ponto percentual, a ser dado na reunião do Copom da próxima semana. “Com isso, o Banco Central deverá manter a taxa neste patamar por tempo prolongado, voltando a subir os juros apenas no segundo semestre de 2019”, diz a consultoria.

A Rosenberg trabalha com um IPCA de 3,4% no ano e reitera que as diversas medidas de núcleos do indicador, que excluem itens mais instáveis, apontam para inflação bastante comportada no primeiro trimestre de 2018. Em linha a aceleração do índice geral, a taxa de difusão, que mostra o percentual de itens que forma o IPCA que subiram, passou de 50,4% para 53,9%, mas ainda está bem abaixo dos 60,6% do mesmo mês do ano passado.

Para o Itaú, o IPCA deve fechar maio com alta de 0,35%, com a taxa em 12 meses subindo para 2,80%. A maior contribuição de alta virá do grupo habitação – pressionado pelo acionamento da bandeira amarela na conta de luz e por reajustes nas tarifas de algumas concessionárias –, seguida pelas contribuições dos grupos alimentação e saúde. Por outro lado, o grupo transportes deve registrar contribuição negativa, em meio à queda mais acentuada nos preços do etanol, acredita o economista do banco, Elson Telles.

Juro a 6,25% ao ano

Também o Banco Fator acredita que a, após o IPCA de abril, perspectiva de queda da Selic na reunião do Copom da próxima quarta-feira se mantém. “Em suma, as expectativas de inflação se estabilizaram, mas os núcleos seguem em queda e a atividade claramente frustra a todos, dando razão para um membro do Copom que ‘mencionou sinais de pequeno arrefecimento, na margem, no processo de recuperação do crescimento econômico,…” (item 12 das Notas da reunião de março)’, afirma José Francisco de Lima Gonçalves, economista-chefe do Fator.

IGPs apontam fim da desinflação com alta no atacado

Ele alerta, porém, que o sinal já veio no IGP-DI de terça-feira e foi reforçado pela primeira prévia do IGP-M, divulgada hoje. A primeira prévia de maio do IGP-M acelerou de 0,18% para 1,12% no mês e de 0,66% para 2,40% no ano. O movimento forte do dos preços no atacado (IPA), de 0,14% para 1,58%, se deu tanto no agronegócio (1,0%) quanto no industrial (1,87%). Matérias-primas brutas e intermediários subiram forte (2,73% e 2,20%, respectivamente). Os destaques no IPA foram o minério de ferro e a soja.

Para o IGP-10, próxima semana, o Fator estima alta de 1,19% (de 0,56% anterior) com o IPA acelerando de 0,49% para 1,63% (3,87% em doze meses). “Algum efeito do câmbio pode se verificar nos IPAs adiante”, afirma.

UBS vê inflação maior por dólar, mas juro a 6,25%

O UBS acredita que a baixa inflação e a economia patinando deve levar o Copom a reduzir o juro mais uma vez em maio, para 6,25%. O banco suíço elevou, porém, sua projeção para a inflação deste ano, de 3,6% para 3,8%, por conta da alta do dólar. Para 2019, a projeção do IPCA se manteve em 4,20%, abaixo da meta de 4,25% no ano que vem.

Mais uma rodada de baixa nos juros

Para o BB Investimentos, Os dados de inflação nos EUA e no Brasil trouxeram mais uma rodada de ganhos na bolsa brasileira, e um alívio no câmbio e nos juros. No Brasil, o IPCA se manteve em nível reduzido, o que novamente direcionou apostas em mais um corte na Selic pelo Copom na sua próxima reunião. Já nos EUA, o IPC evidenciou a possibilidade de mais um período de acomodação inflacionária, o que afastou momentaneamente o viés de escalada mais íngreme nas taxas de juros por lá.

Anbima destaca queda dos juros indexados à inflação

A divulgação do IPCA de abril, que ficou abaixo do que o mercado projetou, contribuiu para a queda das taxas dos títulos públicos refletidos nos índices da Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima). O movimento é contrário ao que vinha sendo observado no início desta semana. Esse movimento vai beneficiar os fundos renda fixa de longo prazo, que têm papéis com taxas mais altas e que vão se valorizar. O valor dos título sobe quando o juro cai e vice-versa.

O retorno do IMA-B (índice que acompanha os papéis indexados ao IPCA negociados no mercado) e do IRF-M (índice que reflete os prefixados), que até quarta-feira acumulavam em maio quedas de -1,25% e -0,72%, respectivamente, reverteram parte das perdas nesta quinta-feira. Na apuração do meio dia, após a divulgação do IBGE, os índices apresentavam variações mensais de  -0,98% e -0,42%. A mudança dessa trajetória recupera hoje parte das perdas dos últimos dias, em que o mercado de renda fixa doméstico estava sofrendo influência do cenário externo e da alta recente do dólar.

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