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Na disputa pelo cliente, bancos fazem promoções no crédito; juro cai 0,10 ponto para pessoa física

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Na disputa para conquistar ou fidelizar o cliente, manter ou ganhar novas fatias de mercado e ampliar a concessão de crédito em linhas de menor risco – movimento cada vez mais necessário diante da queda do juro básico Selic, que reduz a vantagem de emprestar para o governo via compra de títulos públicos – os bancos começam a reduzir um pouco as elevadas taxas de juros, sobretudo em linhas como financiamento imobiliário e crédito consignado, e até a fazer promoções.

É o caso do Bradesco (BBDC4) e do Banco Santander (SANB11) que, após a redução da taxa mínima da Caixa Econômica Federal nos empréstimos para financiar a casa própria pelo Sistema Financeiro da Habitação (SFH), de 10,25% (+ TR) para 9% ao ano, também anunciaram cortes em suas linhas. No Itaú Unibanco, a redução ocorreu no crédito consignado.

Bradesco e Santander baixam juros para financiar casa própria

Disputando espaço com o banco oficial, que deixou de liderar as operações de financiamento de imóveis com recursos da caderneta de poupança, as instituições privadas estão baixando suas taxas mínimas, que passaram de 9,49% para 8,99% ao ano no banco espanhol e, no Bradesco, de 9,3% para 8,85% ao ano.

Crédito consignado com taxa máxima de 1,99% ao mês

Já o Itaú Unibanco (ITUB4), maior banco privado do País, reduziu no último dia 8 de maio a taxa máxima do crédito consignado para aposentados e pensionistas do INSS, para 1,99% ao mês.

Movimentação beneficia o consumidor, diz Anefac

Na avaliação do consultor e diretor de pesquisas econômicas da Associação Nacional de Executivos de Finanças (Anefac), Miguel de Oliveira, a movimentação dos bancos é bastante positiva para os consumidores, na medida em que já começa a refletir competição maior entre as instituições financeiras, e tende a melhorar a oferta de produtos, serviços e de crédito.

Dica é analisar bem as ofertas e fazer pesquisa

Mas cabe aos consumidores ter cautela, analisando bem os produtos ofertados, comparando sempre diferentes alternativas e instituições, e, no caso de crédito, buscando, além de comparações, informações para saber como e quando utilizar as diferentes linhas disponíveis no mercado.

“É natural essa maior disputa pelo cliente, principalmente em operações com menor risco para os bancos, porque têm atrelados bens em garantia para a eventual falta de pagamento, como o crédito imobiliário (o imóvel financiado), o financiamento de veículos (o carro pode ser retomado) e o consignado (desconto automático no salário)”, ressalta Oliveira.

Ambiente ajuda na melhoria das condições de financiamento

Isso vem ocorrendo, lembra o diretor da Anefac, pela combinação de fatores como horizonte melhor para economia, queda da Selic, que hoje está em 6,5% ao ano e deve recuar, na próxima reunião do Copom (15 e 16 de maio) para 6,25%; inflação baixa, pressão do Banco Central para redução do spread (diferença entre o que o banco paga para captar recursos e o que ele cobra na ponta dos empréstimos a pessoas físicas e jurídicas) e a queda do ganho do banco com a redução dos juros, já que o spread representa um percentual dessa taxa, entre outros fatores. Para compensar a queda no spread, os bancos têm de aumentar o volume emprestado.

Benefício com novas tecnologias e mais concorrentes no mercado

O economista e professor da Saint Paul Escola de Negócios, Carlos Honorato, destaca ainda como fator importante para impulsionar maior competição entre os grandes bancos de varejo, além dos mencionados, a entrada em cena de outros players no mercado, como as startups de crédito, fintechs e cooperativas de crédito.

“Nesse novo ambiente que estamos vendo, com inovações tecnológicas que podem facilitar e baratear os empréstimos, e também com um novo comportamento do consumidor, de buscar diferentes alternativas, os bancos maiores ficam menos confortáveis, são obrigados a se movimentar mais para defender suas posições”, analisa. “Isso é muito positivo”, completa Honorato, “pois tende a pressionar a queda dos spreads, e melhorar não apenas a oferta de produtos e serviços, mas de informação ao consumidor”, analisa.

Pesquisa mostra ligeira queda dos juros nas operações de crédito em abril

Já o movimento dos juros nos empréstimos para pessoas físicas e empresas, apesar de registrar ligeiro recuo, continua mostrando taxas em patamares bastante elevados. Segundo pesquisa mensal da Anefac, as taxas de juros das operações de crédito voltaram a ser reduzidas em abril deste ano, tendo a segunda queda consecutiva.

Oliveira atribui a redução principalmente ao corte da taxa Selic para 6,50% ao ano, promovido pelo Banco Central na última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom). Destaca também outros fatores, como expectativa de novo recuo da Selic, para 6,25%, queda da inflação e redução dos depósitos compulsórios, que entrou em vigor em abril.

Pessoa Física: taxa média recuou de 7,30% para 7,20% ao mês

A taxa de juros média geral para pessoa física, diz a Anefac, apresentou uma redução de 0,10 ponto percentual no mês, passando de 7,30% ao mês (132,91% ao ano) em março/2018 para 7,20% ao mês (130,32% ao ano) em abril. É a menor taxa de juros desde agosto de 2015.

Para empresas, média passou de 4,11% para 4,04% ao mês

Já a taxa média geral para pessoa jurídica apresentou uma redução menor, de 0,07 ponto percentual, no mês, passando de 4,11% ao mês (62,15% ao ano) em março de 2018 para 4,04% ao mês (60,84% ao ano) em abril.

Promoção para o Dia das Mães: facilidades em consórcio de veículos e plano de previdência

Também já surgem no mercado promoções pouco comuns no segmento de bancos, que lembram mais as grandes lojas de varejo, como a do banco Santander que, aproveitando o gancho do Dia das Mães, segunda melhor data do calendário do comércio, está oferecendo descontos e condições facilitadas em produtos como consórcios de veículos, títulos de capitalização e planos de previdência.

Um exemplo é a possibilidade de contratar o produto Futuro Protegido, plano de previdência que mescla acumulação e cobertura contra morte para proteção aos beneficiários, com a primeira parcela de até R$ 3 mil grátis e cobertura a partir de R$ 30 mil.

Ou ainda iniciar um plano de previdência com R$ 50 mensais, isenção de carregamento na entrada e taxa de administração de 0,5% ao ano. Normalmente, essa taxa de carregamento pode chegar a 3% sobre cada aplicação e a taxa de administração a 3% nos fundos de previdência de varejo.

Tendência do mercado

No caso da promoção de produtos, anunciada em comerciais de TV e outros canais pelo Santander, Oliveira considera estratégia inteligente, e acha que talvez venha a ser seguida mais adiante por outras instituições.

“O Dia das Mães tem grande apelo no varejo e isso também vale para os bancos”, destaca. “O consumidor também ganha; só precisa lembrar que, diferente de comprar um eletrodoméstico, estará comprando um produto financeiro, que pressupõe uma necessidade específica, e também capacidade para cumprir o contratado, seja um plano de previdência ou um consórcio de 60 meses.”

 

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