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Novo corte dos juros para 6,25% “subiu no telhado” por conta do dólar, avalia a LCA

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A forte alta do dólar pode levar o Comitê de Política Monetária (Copom) a desistir de promover mais um corte de juros na taxa básica, hoje de 6,5% ao ano, avalia a LCA Consultores. Mas o Copom não deve voltar a subir os juros ainda este ano, como especulam alguns analistas.

Em sete dias de alta ininterrupta, o dólar comercial chegou a R$ 3,66 para venda, acumulando alta de 4,53% no mês, o que poderá ter impacto sobre os preços de produtos cotados em dólar e sobre a inflação. A queda dos juros locais, que reduz o diferencial entre a aplicação aqui e nos Estados Unidos no momento em que as taxas dos papéis de 10 anos do Tesouro dos EUA superam os 3% ao ano, é um dos fatores que favorece essa desvalorização do real. 

Segundo a consultoria, até poucas semanas atrás, os mercados vinham tratando como consensual a hipótese de que a taxa básica Selic seria reduzida para 6,25% ao ano na reunião do Copom agendada para esta quarta-feira, dia 16. Mas, com expressiva pressão cambial observada nas últimas semanas, esse corte deixou de ser uma certeza, acredita a LCA.

A pressão sobre o dólar decorre, em grande medida, de fatores externos: a alta de juros nos mercados centrais (em especial nos EUA); a elevação do preço do petróleo; o dólar mais forte nos mercados mundiais de divisas; a aversão ao risco provocada por incertezas relacionadas às políticas econômica e externa do presidente americano Donald Trump. As condições gerais externas pioraram bastante entre a reunião de março e a deste mês, como mostra o quadro elaborado pela LCA. Só a expectativa de inflação continua com a trajetória de queda. 

Mas, segundo  LCA, os mercados domésticos parecem começar a temer uma “tempestade perfeita” – em que, à piora do quadro externo, poderia vir a se somar um aumento agudo da incerteza política, numa repetição do ocorrido em 2002. “A rápida piora recente de expectativas na Argentina acentua essa sensação de incerteza doméstica”, acredita a consultoria.

A LCA avalia, porém, que uma repetição do ocorrido em 2002, quando a cotação do dólar chegou a acumular alta superior a 70% no decorrer da corrida eleitoral, chegando perto dos R$ 4,00, parece pouco provável: “embora nossa situação fiscal seja precária, como há 16 anos, agora contamos com baixa vulnerabilidade externa e confortável situação inflacionária”. Se fosse seguir a trajetória de 2002, o dólar atingiria R$ 5,50 nas eleições deste ano, o que a consultoria não espera. 

Assim, o aumento recente de pressões cambiais pode até levar o Copom a desarmar o corte da Selic sinalizado para esta semana – o que pouco mudaria a influência da política monetária, que já se encontra em terreno claramente estimulativo, sobre o ambiente macroeconômico, afirma a LCA.

Mas, segundo a consultoria, parece bastante remota a chance de que, tal como fez a Argentina – cuja situação externa e inflacionária é bem mais precária do que a brasileira -, o Brasil venha a reagir à pressão cambial com elevação de juros. “Avaliamos que a Selic será mantida abaixo do patamar considerado neutro pelo menos até o final de 2018”, diz a LCA.

A situação das reservas internacionais brasileiras também dá bastante folga para o Brasil reagir ao aumento do dólar. Como mostra o gráfico abaixo, o país tem reservas que superam o valor da dívida externa.

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