Ontem a Bovespa teve mais um pregão de queda, o sexto dos últimos sete, e perdeu 0,87%, com o índice em 72.122 pontos, tendo cedido mais ao longo do dia. O dólar encerrou praticamente estável em R$ 3,715, depois de muitas interferências do Bacen, especialmente depois do FED anunciar sua decisão sobre juros.
Os mercados foram afetados pela decisão (já esperada) do FED de elevar juros para o patamar entre 1,75% e 2,00%, mas sobretudo por ter consolidado a expectativa de fazer mais duas altas em 2018, encerrando o ano em 2,25% e 2,50%.
Hoje mercados voltam a ficar afetados pela decisão do FED de ontem, e de olho na decisão do BCE sobre política monetária que acontece por volta de 8h45, seguida de coletiva do presidente Mario Draghi. Bolsas da Ásia terminaram o dia em queda, Europa operando no campo negativo nesse início de manhã e futuros do mercado americano mostrando leve queda. No Brasil, devemos seguir o exterior e não deveríamos perder o suporte em 71.900 pontos sob pena de buscar cerca de 1.000 pontos abaixo.
Durante a madrugada na China, tivemos uma bateria de dados de conjuntura referentes ao mês de maio, mais para o negativo. A produção industrial expandiu 6,8% de prevista em +7,0%, as vendas no varejo com alta anualizada de 8,5% e previsão de +9,6% e investimentos em ativos fixos urbanos no período janeiro/maio com expansão de 6,1% de esperados 7,0%. O investimento estrangeiro direto é que cresceu 11,7% em maio para US$ 9,06 bilhões.
Na Alemanha, a inflação medida pelo CPI (Consumidor) de maio foi confirmada em 0,5% e taxa anual de 2,2%. No Reino Unido, surpresa boa com as vendas no varejo crescendo 1,3% em maio de previsão de somente 0,3%. O Chile manteve a taxa de juros estabilizada em 2,5% e em Hong Kong foi elevada para 2,25%, de 2,00%.
Na sequência o petróleo WTI negociado em NY mostrava alta de 0,48%, com o barril cotado a US$ 66,96. O euro era transacionado em alta para 1,182 e notes americanos de dez anos com taxa de juros de 2,95%. O ouro e a prata operavam em alta na Comex e commoditiesagrícolas com comportamento misto na bolsa de Chicago. A criptomoeda bitcoin tinha alta de 3,43% e valia US$ 6485.
Voltando ao cenário local, o governo de São Paulo decide hoje sobre processo de privatização da CESP e o TCU encaminhou ofício para Eletrobrás sobre desinvestimento. A Câmara aprovou urgência de votação do projeto de cessão onerosa que Petrobras e Tesouro discutem, e deve votar ainda na próxima semana.
Em tempo: o BCE manteve a taxa de refinanciamento em zero e taxa de depósito em -0,4% e vai seguir comprando 30 bilhões mês em ativos até setembro, e depois 15 bilhões até dezembro. Os juros devem seguir estabilizados até o verão de 2019. Isso acabou derrubando o euro frente ao dólar.
Expectativa de mais volatilidade para os mercados na sessão de hoje e olho em Petrobras e Eletrobrás, por conta de ajustes em função do vencimento de índice futuro ontem.
Bom dia e bons negócios.