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Pré-Market: Mercado na torcida

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A seleção brasileira volta a campo hoje pela Copa do Mundo e a partida de futebol no meio da tarde (15h) esvazia os negócios locais, enxugando a liquidez do mercado doméstico. Os investidores devem antecipar o encerramento da sessão na hora do almoço, ainda que o pregão funcione normalmente até o fim do dia.

A tendência é de que a movimentação fique concentrada durante a manhã, com o Banco Central roubando novamente a cena, após o dólar encerrar a sessão de ontem perto de R$ 3,80. A autoridade monetária anunciou para hoje a oferta de US$ 2,5 bilhões por meio de leilão de linha (venda de dólares com compromisso de recompra).

O acolhimento das propostas será feito em dois horários (10h15 e 10h45) e ocorre após a ausência do BC no pregão da véspera ter contribuído para o movimento de apreciação da moeda norte-americana. E essa pressão tende a continuar hoje, diante da renovada preocupação no exterior com a guerra comercial entre as maiores economias do mundo.

Os índices futuros das bolsas de Nova York têm perdas aceleradas, após uma sessão de forte queda na Ásia, com o recuo de mais de 1% em Xangai e em Hong Kong liderando os destaques negativos. As principais bolsas europeias também abriram no vermelho, com o índice referencial Stoxx 600 flertando o menor nível em dois meses.

Nos mercados emergentes, o índice MSCI caiu à mínima em 10 meses, diante da pressão no rand sul-africano e na rupia indiana. O dólar mede forças em relação às moedas rivais, sendo que o iene japonês é destaque de alta, diante da busca por proteção em ativos seguros, ao mesmo tempo em que o rendimento dos bônus norte-americanos e europeus sobe.

Entre as commodities, o petróleo avança para além de US$ 70 por barril, após os Estados Unidos elevaram a pressão sobre o Irã, ao passo que o cobre é cotado no menor nível em três meses.

Ainda em relação às moedas, chama atenção o comportamento do yuan (renminbi), que parece ter encontrado um fundo, após a rápida descida dos últimos dias. A moeda chinesa atraiu compras de bancos locais após cair abaixo do piso de 6,60 por dólar, afastando o temor de que Pequim estivesse motivado em uma depreciação, tornando o yuan competitivo.

Como pano de fundo, permanece a tensão com as restrições ao comércio internacional e as investidas protecionistas vindas da Casa Branca, que podem resultar em um menor crescimento econômico global e aumentar os riscos à economia norte-americana – conforme palavras de um dirigente do Federal Reserve ontem.

É fato que os EUA continuam mostrando crescimento robusto e acima do restante do mundo, 10 anos após a maior crise desde 1929. Mas um erro na política comercial promovida pelo governo Trump pode acelerar a inflação doméstica, acelerando o ritmo do Fed na alta da taxa de juros norte-americana.

Como resultado, a maior economia do mundo pode mergulhar, novamente, em uma recessão em 2019. O maior risco é o Fed ter de ser mais agressivo no chamado processo de normalização monetária, ao invés de desacelerar o passo – conforme previsto no atual cenário básico.

Por isso, os investidores mantêm uma postura cautelosa, jogando entre gravidade e inércia. Tanto é que os movimentos de aversão ao risco no mercado financeiro são seguidos por alívios passageiros pautados por caça a pechinchas, com a volatilidade sendo a principal tendência dos negócios.

A ausência de novidades relevantes no front político-econômico contribui para uma dinâmica instável, uma vez que os sinais de fragilidade foram dissipados. Ao contrário, os riscos ainda permanecem, o que deixa os ativos à espera de alguma evolução do cenário.

Mas a agenda econômica do dia oferece poucos indicadores capazes de alterar o panorama atual. Por aqui, saem índices sobre a confiança do comércio em junho (8h), as operações de crédito em maio (10h30) e os números sobre a entrada e saída de dólares no país até a semana passada (12h30).

No exterior, destaque para os indicadores norte-americanos sobre as encomendas de bens duráveis (9h30) e as vendas pendentes de imóveis residenciais (11h), ambos referentes ao mês de maio, além dos estoques semanais de petróleo bruto e derivados no país (11h30).

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