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Pré Market
Por: Olívia Bulla
O episódio de domingo envolvendo o ex-presidente Lula deixou claro que ele não deve ser solto às vésperas das eleições presidenciais. Essa percepção tende a animar o mercado doméstico nesta terça-feira, com os negócios locais voltando a funcionar com maior vigor após o feriado em São Paulo ontem e com o fim da Copa do Mundo para o Brasil.
Ainda assim, o imbróglio jurídico em torno do pedido de soltura de Lula ampliou o sentimento de insegurança no país, em meio a um bate-rebate entre juiz, desembargadores e ministros da Suprema Corte (STF) sobre o futuro do ex-presidente. Por mais que seja pequena a possibilidade de o petista – líder nas pesquisas de intenção de voto – disputar o pleito em outubro, o cenário eleitoral continua incerto, pesando nos ativos locais.
Nos levantamentos recentes, Jair Bolsonaro dá sinais de que alcançou um teto e tem dificuldade em superar os 20% entre o eleitorado. Ciro Gomes e Marina Silva parecem mais competitivos. Geraldo Alckmin, por sua vez, não consegue decolar, enquanto Henrique Meirelles busca suporte do tempo de TV e dos rincões do (P)MDB espalhados pelo país.
Mas o mundo político ainda espera uma definição do PT sobre quem será o candidato do partido, uma vez que a Lei da Ficha Limpa impede Lula de concorrer. Aliás, a alegação de que o petista estava impedido de participar de eventos como os demais pré-candidatos à presidência foi um dos motivos que levaram o desembargador do tribunal da 4ª região (TRF-4) Rogério Favreto a conceder liberdade provisória ao ex-presidente no domingo.
O dia seguiu entre idas e vindas até chegar à decisão final, feita pelo presidente do TRF-4, Carlos Eduardo Thompson Flores, de manter o ex-presidente preso. Tal negativa, ocorrida após o juiz de primeira instância Sergio Moro interromper as férias e quebrar a hierarquia do Judiciário – assim como fez o desembargador Favreto, ao revogar a decisão de um colegiado – trouxe um ingrediente a mais à instabilidade política nacional.
Houve ainda uma pitada extra de desprestígio da Justiça brasileira, com o cidadão cada vez mais descrente também neste Poder – que parece estar fazendo política, com base nas leis. Com o Brasil se tornando um Estado pária aos olhos dos estrangeiros, os investidores não se devem esquecer do embate comercial entre os dois maiores parceiros econômicos do país.
Destaques Corporativos
Copasa (BOV:CSMG3): Em comunicado, a Copasa informou que vai divulgar no dia 26 de julho de 2018, após o fechamento do mercado, os resultados referentes ao exercício do segundo trimestre de 2018.
Cemig (BOV:CMIG4): Por meio de fato relevante enviado ao mercado, a Cemig informou que alterou prazos do cronograma de venda de ativos de sua controlada Cemig Telecom. De acordo com a empresa, a alteração do cronograma tem por objetivo conceder aos licitantes maior prazo para avaliarem a documentação disponibilizada na sala de informações e garantir a elaboração de propostas econômicas mais adequadas e competitivas. A data do leilão foi alterada de 25/07/2018 para 08/08/2018.
Hermes Pardini (BOV:PARD3): O grupo Hermes Pardini, especializado em medicina diagnóstica, anunciou ao mercado a aquisição de 55% do capital do Psychemedics Brasil, empresa de exames toxicológicos com sede em Santana do Parnaíba, em São Paulo. O valor do negócio, fechado no sábado (7), gira em torno de R$ 45 milhões.
Braskem (BOV:BRKM5): Segundo o jornal Valor, o acordo para venda da participação da Odebrecht na Braskem para a LyondellBasell, deve ser assinado até a metade do mês de outubro.
Petrobras (BOV:PETR4): De acordo com fontes, a Petrobras está perto de concluir a venda de sua fatia de 50% na PetroÁfrica, o que poderá lhe render cerca de US$ 1,3 bilhão. A operação representa um novo avanço do programa de desinvestimentos da estatal.
Recomendação de Ativos
Usiminas (BOV:USIM5): Os analistas do UBS reiteraram a recomendação de venda para o ativo e elevaram o preço-alvo de R$ 6 para R$ 6,50.
Movida (BOV:MOVI3): A equipe do Bradesco BBI rebaixou o preço-alvo da Movida para R$ 10. A recomendação outperform foi mantida.
Notícias
Balança Comercial: A balança comercial registrou superávit de US$ 1,034 bilhão na primeira semana de julho, período que do dia 1º ao dia 8. Isso significa que, nesse período, as exportações brasileiras superaram as importações em US$ 1,034 bilhão.
Minério de Ferro: Os contratos futuros do minério de ferro, negociados na bolsa de Dalian, na China, encerraram a jornada desta terça-feira com leve valorização de 0,44% a 459,00 iuanes por tonelada.