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Os sete passos para fazer um plano de previdência, segundo o presidente da Bradesco Previdência

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O perfil dos investidores em previdência vem mudando nos últimos anos, afirma Jorge Poholmann Nasser, diretor-presidente da Bradesco Vida e Previdência. “É um setor que vai amadurecer muito ainda”, afirma. Em conversa com o Portal do Pavini, ele lembra que havia – e ainda há – investidores que aplicavam pelos mais diversos motivos, menos para a aposentadoria. Primeiro, pelo  incentivo fiscal, de reduzir o imposto na declaração de renda no caso do PGBL ou pagar alíquotas menores nos resgates, de até 10%, vantagem também dos VGBLs. Outras aplicações pagam pelo menos 15% sobre o rendimento.

Isso permitiu a muitos investidores fazer um planejamento tributário para os recursos de médio prazo usando a previdência privada. E, mais recentemente, os fundos passaram a ser usados pelos clientes de alta renda para planejamento sucessório, por não entrarem no inventário e permitirem destinar recursos de maneira diferente entre os herdeiros ou para outras pessoas,  como num testamento. “Esse foi momento de transição que foi amadurecendo o modelo”, diz Nasser. A expectativa do executivo é que agora, com a crise do modelo de previdência pública e a discussão da reforma do INSS, mais pessoas se interessem pela previdência privada como forma de poupar para a aposentadoria. E, para isso, é fundamental que se conheça o funcionamento desses fundos e se tomem alguns cuidados na hora de escolher a melhor opção.

Nasser diz que não há um perfil único para o uso dos recursos da previdência privada quando a pessoa fica elegível para converter os valores em renda. Há participantes que não vão fazer essa conversão, já que fizeram o plano apenas como planejamento sucessório, para direcionar parte do patrimônio para determinada pessoa, o que é possível pelos planos de previdência VGBL.

E há os que chegam no momento da aposentadoria e dizem que querem fazer a gestão do recurso. “Hoje isso é menos comum, porque o mercado está muito mais instável para o investidor se aventurar em carreira solo”, afirma Nasser.

Ele lista sete passos para quem pensa em fazer uma previdência privada

Primeiro passo: entenda o que é poupar para a aposentadoria. Nasser afirma que os planos PGBL e VGBL não são a única saída para investimentos para o futuro. Há muitas opções de investimento de curto, médio e longo prazo lucrativas e seguras. Mas, quando se olha as opções para longo prazo, os planos de previdência são indicados para uma fatia dos recursos pelo menos, para a compra de uma renda ou para ter o apoio de um gestor ou uma instituição cuidando do dinheiro.

Segundo passo: defina por que fazer o plano de previdência. Ele pode ser não só para a aposentadoria, mas também para garantir os estudos ou o futuro de um filho, para planejamento tributário ou sucessório. E essa necessidade vai variar de acordo como estágio da vida da pessoa. É possível ter mais de um plano, de acordo com cada objetivo.

Terceiro passo: escolha a forma de tributação do plano. O plano de previdência poderá ter incentivo fiscal maior ou menor, dependendo da situação do investidor. Se a pessoa é assalariada e faz declaração de imposto de renda completa, há a vantagem de aplicar no PGBL para ter dedução das aplicações na declaração anual. Já se a declaração é pelo modelo simplificado, o VGBL vai ser melhor. Ambos terão a alíquota mais baixa no resgate, de 10% após 10 anos, mas o PGBL será tributado por todo o valor e o VGBL, apenas pelo rendimento, por isso é importante ver qual é melhor escolher hoje.

Quarto passo: estime quanto tempo vai deixar dinheiro aplicado para definir a forma de tributação do plano. Se o valor vai ficar aplicado por menos de 10 anos, é melhor optar pela tributação progressiva, a mesma usada nos salários, e que vai começar em 15% menos deduções e vai aumentando de acordo com o valor sacado. Já se o prazo é acima de 10 anos, a tributação regressiva, que vai de 35% nos primeiros dois anos até 10% após 10 anos, será melhor. A forma de tributação tem de ser escolhida no momento em que se abre o plano de previdência.

Quinto passo: avalie seu perfil de risco para definir em que tipo de fundo vai aplicar. Há opções que incluem só renda fixa, mas também outras com ações, moedas ou derivativos, que podem exigir prazos mais longos para compensar os riscos. A partir do tipo de recurso que vai investir, do prazo e do perfil de risco, o investidor vai saber se o fundo deve ser moderado, dinâmico ou agressivo. É importante também entender que mesmo aplicações de renda fixa podem ter perdas virtuais em determinados momentos de turbulência dos mercados, que serão revertidas com o passar do tempo.

Sexto passo: é preciso olhar dentro do orçamento de que forma vão ser feitas as contribuições para a previdência. Elas podem ser mensais, de acordo com a capacidade de poupança da família, ou de maneira irregular se a pessoa não tiver uma renda estável. Ou é possível fazer um mix, aplicando mensalmente um valor menor e, quando surgir um dinheiro extra, um bônus ou o 13º salário, fazer um aporte maior. É preciso também estimar o valor aplicado no ano no caso do PGBL, para não estourar o limite de 12% da renda tributável que pode ser deduzido na declaração anual do imposto de renda. O que passar desses 12% deve ser investido em um VGBL.

Sétimo passo: reavalie periodicamente seu plano. Dependendo da fase de vida, os objetivos do investimento podem mudar e, com eles, o perfil das aplicações. Pode ser o caso de aumentar as contribuições ou diminuir os valores, de acordo com as taxas de juros ou os resultados obtidos até aquele momento. A aproximação da aposentadoria também recomenda a redução das aplicações de risco, o que pode exigir mudança nas estratégias. Alguns fundos de previdência já fazem isso automaticamente à medida que a pessoa envelhece. É também o momento de avaliar se o fundo e o gestor estão tendo um bom desempenho e optar por mudar por meio da portabilidade, desde que não se comprometa as condições do plano.

 

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