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Semana tem prévias da inflação oficial e do PIB, guerra comercial e atividade na China e nos EUA

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A agenda econômica local tem como principais destaques na semana os resultados do IPCA-15 de julho, prévia da inflação oficial, a ser divulgado na sexta-feira, e o IBC-Br de maio, indicador de atividade da economia elaborado pelo Banco Central, que sai já nesta segunda-feira. O índice do BC tenta antecipar os resultados do Produto Interno Bruto (PIB) calculado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que demora mais de um mês para ser divulgado, e deve trazer sinalizações mais consistentes dos efeitos da greve dos caminhoneiros na atividade.

Para os analistas do Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos (Depec) do Bradesco, o IPCA-15 continuará mostrando dissipação dos efeitos da greve, enquanto a proxy de PIB mensal do BC deve apresentar queda de 2,3% em maio — mês com maior efeito sobre a atividade da paralisação no setor de transportes. A grande discussão é se esses efeitos sobre a economia serão transitórios, como parece ter ocorrido com a inflação, ou comprometerão a retomada deste ano, que já dava sinais de enfraquecimento. Uma economia mais fraca influenciará as expectativas e, com elas, o investimento de empresas e pessoas, a inflação os juros. Por conta disso, aumenta a expectativa com as projeções do mercado.

Boletim Focus, IGP-10 e resultados de empresas

Por isso, ainda nesta segunda-feira, o destaque vai para os dados do Boletim Focus, com estimativas para o comportamento das principais variáveis econômicas. O mercado continua reduzindo suas projeções para o PIB, como fez o Itaú na semana passada, e para o dólar, que segue pressionado. Segunda-feira sai também o IGP-10 relativo a julho, que serve de prévia para os IGPs da Fundação Getulio Vargas e mostra o impacto do dólar e da greve dos caminhoneiros nos preços no atacado.

O mercado também acompanha, ao longo da semana, a divulgação de resultados de grandes companhias, como WEG (dia 18) e Tim (dia 19).

Para o IBC-br de maio, o BB Investimentos lembra que o mercado projeta queda de 3,0% (variação mensal), devido ao impacto da greve. Já a estimativa da equipe para o IPCA-15  é de provável desaceleração em comparação com a leitura anterior.

De olho nas relações e nos resultados de China e EUA

Na agenda internacional, os mercados estarão de olho sobretudo na divulgação do PIB da China e da inflação ao consumidor na Área do Euro.  Nos EUA, ressalta a equipe do BB Investimentos, saem dados importantes sobre a produção industrial, seguro-desemprego e da construção civil, que também estarão no radar dos investidores.

Fora da agenda econômica, os analistas do mercado destacam ainda o discurso do presidente do Federam Reserve (Fed, o BC americano) no Congresso, tendo como pano de fundo as preocupações que persistem com o avanço da guerra comercial entre Estados Unidos e China.

Guerra comercial e encontro de Trump com Putin

O presidente americano Donald Trump encerrou sua viagem ao Reino Unido e deve se reunir nesta segunda-feira com o presidente russo Vladimir Putin, em um polêmico encontro logo após fortes críticas do presidente americano à Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) e aos aliados europeus. A aproximação entre Trump e Putin preocupa os aliados, que temem as intenções do presidente russo na região, e pode aumentar as tensões diplomáticas entre Europa e EUA. De saída do Reino Unido, Trump deixou um conselho coerente com sua linha de atuação à primeira-ministra Teresa May: que o país processe a União Europeia em vez de negociar a saída do acordo.

PIB chinês mais fraco

O PIB chinês do 2º trimestre, destaca o Depec-Bradesco, deve mostrar alta interanual de 6,7%, com desaceleração ligeira em relação ao observado no 1º trimestre, refletindo a moderação em curso da atividade interna. Na Área do Euro, a previsão é que os preços ao consumidor atinjam alta interanual de 2,0% em junho.

Ciro e Alckmin acirram disputa por apoios

Na cena política local, a definição das candidaturas à Presidência da República e as coligações continuam no centro das atenções. Dois fatos da semana passada – a desistência do pré-candidato Flávio Rocha (PRB) e o possível apoio do PSD a Geraldo Alckmin (PSDB) – podem ter desdobramentos favoráveis ao tucano no campo da centro-direita. Alckmin, no entanto, mantém a atenção a Ciro Gomes (PDT), que disputa com ele o apoio dessas forças.

No caso do PSD, aliados do ex-governador paulista anunciaram o acordo, contestado pelo pré-candidato do partido, Guilherme Afif Domingos. Partindo do PSD para as outras forças aliadas do governo Temer – DEM, Solidariedade e PP – Alckmin e Ciro travam uma luta nos bastidores, que não deve ter solução nos próximos dias, pela falta de consenso nas cúpulas partidárias.

Bolsonaro espera contar com o PR; Meirelles cada vez mais isolado

Embora Jair Bolsonaro (PSL) lidere as pesquisas em cenários sem o nome do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), as sinalizações são de que ele dificilmente conseguirá maior apoio de outros partidos, ficando somente com a perspectiva de ter o PR em sua chapa. Já a pré-candidatura de Henrique Meirelles (MDB), diante da disputa acirrada, principalmente entre Ciro e Alckmin, por alianças, mostra-se cada vez mais isolada.

Petistas devem insistir no nome de Lula e discutem data da convenção

Apesar de a Justiça do Paraná impedir Lula de conceder entrevistas, aliados do ex-presidente, principalmente do PT, e sua defesa, vão insistir na legalidade da candidatura. Os petistas discutem a data da convenção que deve homologar seu nome, entre o final de julho e o início de agosto, além de continuarem contestando as decisões da Justiça, levando a um cenário de tensão política permanente.

Mercados de risco em recuperação

Alvaro Bandeira, economista-chefe da Modalmais, destaca que o clima geopolítico tenso que iniciou a semana anterior deu lugar a declarações mais brandas do presidente dos EUA, Donald Trump, sobre as relações comerciais americanas com a China, fazendo os mercados de risco se recuperarem. Assim, o Nasdaq tornou a bater recorde histórico de pontos e, no Brasil, os investidores voltaram a aportar somas mais expressivas de recursos na Bovespa.

“Podemos citar ainda que, pelo menos por enquanto, conseguimos passar novamente o patamar de 75.300 pontos, passando o patamar de 76.100 (a consolidar) para abrir espaço para 79.000 pontos; o recesso do Judiciário, e agora, do Legislativo, induz postura de tranquilidade”, analisa.

Apesar disso, o economista lembra a imprevisibilidade do presidente americano, e acredita que as tensões com o comércio internacional não vão sair muito do radar dos investidores. “A grande discussão, agora, passa a ser a nova abertura de diálogo com a China, e o tratamento comercial dado aos aliados de sempre da Europa, notadamente no que tange ao setor automotivo e tarifação”, ressalta Bandeira, acrescentando que ainda teremos relações tensas com o Brexit.

Mercado acionário: otimismo, mas com alta volatilidade

Já no mercado interno, o economista enfatiza a necessidade de cuidado com a política e mudanças de rumo das possíveis coligações partidárias,  além de se dar seguimento ao destravamento para venda de distribuidoras de energia e também com relação à cessão onerosa.

“De qualquer forma, seguimos acreditando que existe muito espaço para recuperações e absorção de vendas de curto prazo, principalmente se houver algum retorno de recursos por parte dos investidores estrangeiros”, afirma Bandeira. “Estamos otimistas com a possibilidade de uma terceira semana de mercado acionário com valorizações no Brasil, mas a volatilidade vai continuar alta”, conclui.

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