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Gerdau conclui plano de desinvestimento em 2018, espera foco de Trump em infraestrutura em 2019

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A Gerdau (BOV:GGBR4) deve concluir neste ano seu plano de desinvestimento que levantou mais de 6 bilhões de reais desde 2014 e deixou a empresa mais focada em suas operações no Brasil e nos Estados Unidos, disse nesta quarta-feira o vice-presidente financeiro, Harley Scardoelli.

“A expectativa é que terminemos o plano este ano”, disse Scardoelly em teleconferência com jornalistas sobre os resultados da empresa no segundo trimestre, que foram puxados por forte expansão nos Estados Unidos.

Na semana passada, a empresa concluiu a venda de duas hidrelétricas em Goiás por 835 milhões de reais. A empresa agora espera aprovação de órgãos reguladores para venda de unidades produtoras de vergalhão e plantas de corte e dobra de aço na Flórida, Tennessee, Califórnia e Nova Jersey, um negócio anunciado em janeiro com a Commercial Metals Company por 600 milhões de dólares.

Questionado sobre a possibilidade de alguma alteração no plano de readequação de ativos em função das mudanças no comércio global disparadas pela guerra comercial promovida pelos Estados Unidos, Scardoelli afirmou que a estratégia não mudou. “Estamos chegando ao final do plano de desinvestimento.”

Segundo o presidente-executivo da Gerdau, Gustavo Werneck, é improvável que um amplo pacote de infraestrutura anunciado mais cedo neste ano pelo governo de Donald Trump seja aprovado em 2018, mas a expectativa é que em 2019 a agenda de Washington para infraestrutura seja prioritária.

A companhia pegou carona nas mudanças tributárias promovidas por Trump nos EUA neste ano e também nas tarifas de 25 por cento sobre importações de aço impostas por Washington. No segundo trimestre, a margem de lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) da Gerdau na América do Norte subiu de 6 por cento um ano antes para 9,2 por cento. O Ebitda trimestral foi o maior dos últimos 10 anos.

Werneck afirmou que espera que os efeitos positivos da reforma tributária e o protecionismo de Trump continuem “contribuindo” para a operação da Gerdau na América do Norte, responsável por 20 por cento do Ebitda do grupo.

Em maio, o executivo havia mencionado que a empresa tem meta de alcançar margem operacional de dois dígitos na América do Norte apoiada pela subida de preços de aço no mercado interno acima do ritmo da evolução dos custos com insumos.

As ações da Gerdau subiam 3,7 por cento às 12h22, um dos principais desempenhos do IbovespaRE, que mostrava oscilação positiva de 0,15 por cento. Analistas do BTG Pactual afirmaram que o resultado do segundo trimestre veio acima do esperado e que as margens nos EUA podem avançar mais no terceiro trimestre.

No Brasil, os executivos citaram comentários recentes da entidade que representa o setor siderúrgico IABr, que cortou no final de julho projeções para vendas no mercado interno este ano, citando a incerteza eleitoral e impactos da greve dos caminhoneiros.

“Os prêmios no Brasil estão levemente entre negativo e em equilíbrio e prêmios positivos vão ocorrer apenas quando o mercado doméstico voltar a crescer de forma mais intensa”, disse Werneck, referindo-se à diferença de preços do aço no Brasil e no exterior.

Questionado sobre a Argentina, que teve de fazer forte aumento de juros mais cedo neste ano para lidar com a desvalorização do peso, Werneck afirmou que apesar do país representar 5 por cento da operação do grupo é um mercado importante para a companhia.

“Não temos planos de nos desfazer da operação (na Argentina). Iniciamos operação de uma acearia em junho do ano passado e estamos satisfeitos com a operação neste momento”, afirmou Werneck, acrescentando que ainda é cedo para avaliar os impactos de médio prazo geradas pelas medidas do governo para conter a desvalorização do peso.

Por Reuters

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