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BC indica que pode subir juro este ano se dólar continuar subindo, vê Santander

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O Comitê de Política Monetária (Copom) manteve o juro básico em 6,5% ao ano, mas deu sinais de que poderá elevar a taxa se o cenário para o dólar e para a inflação piorar. Mas a alta deve ser gradual, e não acelerada como prevê o mercado financeiro nos contratos futuros, afirma Maurício Molan, economista-chefe do banco Santander Brasil. Segundo ele, o Copom mandou três mensagens na nota que acompanhou a decisão de manter os juros. “A primeira é que o Banco Central espera pelo melhor preparado para o pior”, diz Molan.

Isso quer dizer que o cenário atual está perto de um limite, mas ainda permite a manutenção dos juros. O segundo recado é que, se o cenário piorar ainda mais, ou seja, se o dólar subir e ficar alto, pressionando a inflação, o BC pode subir os juros. E o terceiro recado é que a alta dos juros, se for necessária, será gradual.

Para Molan, uma piora do mercado seria provocada pelo aumento do ceticismo com relação ao ajuste fiscal no próximo governo eleito que pressione ainda mais o dólar e a inflação. Ou seja, o Copom não reagiria diretamente à oscilação dos mercados, mas ao impacto nos preços e na atividade econômica e no balanço de riscos para essas variáveis. “Se as eleições afetarem os preços dos ativos de forma mais forte, o Copom pode mudar a taxa de juros, mas vai ser uma reação ao movimento dos ativos que afetem a inflação”, explica.

De acordo com estudos feitos pelo Santander, se o dólar permanecer acima de R$ 4,30 por um período longo, a inflação do IPCA de 2019 pode superar a meta de 4,25%. “Mas esse movimento do dólar não pode ser rápido, bater R$ 4,30 um dia e depois cair, ele tem de ficar nesse patamar de forma consistente, permanente”, afirma. “E se o BC perceber que o mercado está entrando em pânico por conta do cenário eleitoral, ele reagirá”, diz Molan.

Para o economista, a nota do BC indica que houve deterioração substancial dos preços dos ativos deste a última reunião, o que colocou o cenário no limiar daquele que exigiria uma mudança de politica monetária, ou seja, de um aumento dos juros. “O nível de taxa de cambio atual está no limite, e se tiver alta razoável e persistente, seja por motivo político ou por outros fatores, o BC deve reagir”, afirma Molan. Mas, ao afirmar que essa reação deve ser gradual, o BC deve reduzir a expectativa do mercado. “Isso deve provocar uma queda nas taxas de juros mais curtas do mercado, especialmente as para este ano”, diz o economista.

Segundo ele, apesar disso, o Santander não trabalha com juros mais altos ainda este ano. “Achamos que, em novembro, após a eleição presidencial, o cenário será mais definido que hoje, saberemos qual politica será adotada e, com mais informação, a tendência é de o dólar se acalmar e cair abaixo de R$ 4,00”, afirma. Com isso, o risco inflacionário diminuirá bastante e o BC não teria de subir os juros, como prevê o mercado.

Com o dólar pressionando menos, os juros passarão a depender mais da atividade econômica. “Por isso, esperamos que os juros só subam no fim do ano que vem”, afirma Molan.

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