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Ações da Forjas Taurus são um bom negócio agora?

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Maior empresa fabricante de armas no Brasil, a Forjas Taurus atua no mercado brasileiro há 8 décadas. Com foco em armas leves, como revólveres e pistolas, seus negócios na Bolsa de Valores tinham volumes inexpressivos.

No entanto, a partir do mês de setembro de 2018, as ações da Forjas Taurus (BOV:FJTA4) passou a frequentar o ranking de ativos mais negociados da Bolsa. O volume financeiro médio por dia chegou a R$45 milhões, fechando em mais de 1 milhão em quantidade de negócios por pregão. As ações ordinárias FJTA3, por exemplo, passaram de R$1,50 para R$15,50, ou seja, registrando quase 1.000% de valorização.

Essa forte valorização, que pode ter pegado muitos investidores de surpresa, se deve ao movimento especulativo de investidores que acreditam na vitória do candidato do PSL, Jair Messias Bolsonaro, para a presidência da República.

Entre outras propostas, o candidato defende a revogação do estatuto do desarmamento, permitindo, assim, o direito de cada cidadão brasileiro ter sua arma para defesa pessoal e patrimonial. Diante disso, a Forjas Taurus se tornou o centro da especulação, uma vez que a empresa é a maior fabricante de armamento portátil do país e possui o monopólio do setor no mercado nacional.

Apesar da euforia momentânea do mercado, é preciso ter cautela pois este movimento tem sido impulsionado pelo “efeito manada”. Isso indica que muitos investidores começaram a comprar as ações da empresa pelo simples fato de que alguém afirmou que era uma grande oportunidade, provocando um efeito cascata.

Dessa forma, como se sabe muito bem, quando há muitos interessados em comprar e poucos querendo vender, os preços tendem a subir, como foi possível observar nos recentes dias. Contudo, ao fazer uma análise crítica sobre o momento da empresa, pode-se notar que essa possibilidade não é muito fundamentada.

Ao mesmo tempo em que o candidato Jair Bolsonaro (PSL) considera revogar o estatuto do desarmamento, também defende uma economia aberta, sem monopólios. Ou seja, há a possibilidade de atrair empresas do exterior para fornecer armamento para os órgãos de segurança pública.

Esse fato, somado à questão de os produtos da Forjas Taurus poderem perder mercado para outras empresas do setor, especialmente por causa dos episódios envolvendo falhas e acidentes com as armas da Taurus, é um indício de que o movimento percebido nas últimas semanas deve ser visto com cuidado.

Veja alguns pontos a favor e outros que agem contra a empresa no momento:

Pontos positivos

  • Reperfilamento da dívida com seus principais fornecedores.
  • Nova administração focada na melhoria dos processos produtivos, financeiros e comerciais.
  • Monopólio do setor no mercado nacional.

Pontos negativos

  • Alto endividamento no curto prazo e baixa reserva financeira.
  • Forte concorrência nos mercados internacionais.
  • Os produtos da empresa são visto como não confiáveis, depois que vários armamentos apresentaram falhas e acidentes nos últimos 3 anos.

No que se refere ao produto, o número de reclamações em relação a falhas de seu armamento no uso da segurança pública, inclusive provocando acidentes graves, aumenta o risco de imagem da empresa e abala sua reputação no mercado.

Além disso, a empresa não vive um bom momento. Há cinco anos consecutivos a Forjas Taurus não consegue fechar seu balanço com lucro, seu caixa está praticamente zerado e com uma alta dívida de curto prazo que precisa ser negociada o quanto antes, para que a empresa continue suas atividades.

Com uma situação de caixa desconfortável e dívida crescente, é possível concluir que comprar ações de uma empresa que não gera lucro e vem acumulando dívidas ao longo do tempo não fundamenta uma boa estratégia de investimento.

Os quase 1.000% de valorização recente das ações FJTA4 são bastante tentadores, entretanto os riscos envolvidos nessa operação pode não compensar as chances de obter sucesso.

Além disso, nas últimas semanas, a negociação dos ativos da empresa tem tornado bastante difícil identificar alguma tendência clara no movimento de suas cotações, principalmente devido aos vários leilões que ocorrem durante o dia e os grandes lotes que movimentam o preço da ação de um lado para o outro.

Em vista disso, os profissionais do mercado costumam se afastar da manada e não arriscar seu capital em ativos que são imprevisíveis. Porém, sabe-se que muitos investidores agem por impulso e acabam usando a alavancagem como uma forma de tentar alcançar ganhos rápidos em ativos voláteis. Mas esta é uma atitude perigosa.

Quem tem tolerância ao risco e gosta de investir com a possibilidade de aumentar seus ganhos no curto prazo, pode buscar alternativas melhores na Bolsa de Valores e evitar empresas muito voláteis e imprevisíveis.

O investimento em Day Trade em dólar e índice futuro são duas opções que podem ser interessantes nesse quesito, pois oferecem boas chances de lucro, quando feito o gerenciamento de risco de forma correta, e com menor exposição ao risco em comparação às ações FJTA4 no momento.

Evidentemente, a oscilação de quase 1.000% das ações da Taurus é um caso à parte, no entanto os investidores inteligentes sabem que o segredo no mercado de Bolsa de Valores é ganhar com consistência, ou seja, construir uma estratégia de lucro constante e que vai se acumulando com o passar do tempo.

*Autor: Rafael Panonko atua no mercado de ações há 10 anos e é analista chefe da Toro Investimentos, onde atua desde 2016. Estudou Gestão Financeira e se tornou Analista CNPI-T registrado na APIMEC e Consultor de Valores Mobiliários registrado na CVM. Tem foco em economia e política e muita experiência em análise de empresas do setor de alimentos, commodities agrícolas, câmbio e derivativos. 

Comentários

  1. Gilsao nova iguacu diz:

    Se Bolsonaro ganhar e ele não abrir mercado pra concorrente da Taurus ..preço armas pro cidadão tendem a baratear pois ela e única no Brasil..assim sozinha ela venderá sem riscos com concorrência..e ele o capitão provará que e patriota de palavra .

    • L Felipe diz:

      Se não tem concorrentes, o preço tende a ficar mais caro, já que ela pode colocar o preço que quiser e não tem outras pra comprar, quem quiser comprar terá que comprar dela. Se abrir pra livre concorrência, ai sim tende a baratear, já que pra conquistar compradores as empresas terão de oferecer um melhor CustoxBeneficio

  2. Silva diz:

    concordo …e me ajudará muito se for só Taurus a disposição população..

    Glock de fora não queria viesse não pro Brasil.. força capitão

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