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O dia depois de amanhã: Bolsonaro ou Haddad?

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Por Guide Investimentos

Estamos diante de uma eleição bastante polarizada, com polos ideológicos opostos e muito bem definidos. O cenário de segundo turno parece consolidado entre Fernando Haddad (PT) e Jair Bolsonaro (PSL), segundo as pesquisas de intenção de voto que foram divulgadas ao decorrer da semana. Independentemente do vencedor, o país precisará passar por profundas reformas (principalmente de cunho fiscal).

A principal reforma é a da Previdência, uma despesa que ocupa 55% do Orçamento do Governo Federal. A tendência é de piora dada as dinâmicas demográficas e do salário mínimo. Em 2026, caso nenhuma reforma seja feita e o teto de gastos seja respeitado, tal despesa representará 78% do gasto primário do governo. Ou seja: uma situação que inviabiliza o custeio de outras despesas igualmente importantes como saúde, educação e defesa nacional. Tal reforma, assim como outras, precisará de um presidente com grande envergadura política.

O parágrafo acima descreve o cenário pessimista que é bem possível de acontecer. O país caminha para um agravamento da crise fiscal, porém é possível uma reversão desta dinâmica, o que dependerá do novo equilíbrio de forças políticas. E obviamente essas novas reformas impactam diretamente o preços dos ativos locais.

O resultado da eleição deve continuar a trazer volatilidade para os ativos de risco local, e, em caso de 2º turno, deverá aumentar. Em meio a esse ambiente de incertezas, a Guide Investimentos preparou algumas projeções para os mercados locais.

Maior probabilidade de vitória de um candidato reformista

No Brasil, as perspectivas de melhora econômica, com índices de confiança melhorando durante os próximos meses, são grandes. Além disso, os analistas esperam uma melhora na crise política, que abrirá espaço para negociações mais saudáveis no Congresso.

As expectativas giram em torno de um maior alinhamento entre Fazenda e demais Ministérios e Planalto; discussão acerca de ajustes necessários; A percepção de risco do país deverá seguir em queda, indo em direção àquilo que prevalecia antes das paralisações de maio.

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Com a vitória do candidato do PSL, Jair Bolsonaro, é esperado que a agenda de privatização, reformas políticas e fiscais avancem. Além do dólar abaixo dos R$ 4, CDS próximo dos 150 pontos base e um aperto monetário mais gradual nos juros.

A Guide recomenda o investimento nas estatais, financeiras, commodities e empresas com maior exposição à atividade doméstica.

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Vitória de um candidato com baixas convicções de reformas

Caso o candidato Fernando Haddad (PT) assuma a presidência, o dólar poderá atingir os R$ 5, a agenda de privatização e as reformas fiscais poderão sofrer com a paralisação; E o crescimento econômico estará em risco.

A corretora recomenda o investimento em ações do setor de energia (transmissão, em especial), no dólar, instituições financeiras (bancos) e na área da saúde.

Projeções Ibovespa

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Projeções câmbio

Com base no ruído normalizado do nosso modelo de câmbio, podemos então fazer o seguinte exercício de inferência: Usaremos 2 cenários, onde calculamos cenários para Bolsonaro e Fernando Haddad.
Para Bolsonaro mudamos a nossa projeção de agosto e passamos a considerar uma pontuação mais positiva (+120 pontos) ante a projeção de zero pontos. Com Haddad continuamos pessimistas e atribuímos a mesma pontuação negativa da eleição de Lula (-297 pontos).

Antes de discutir as hipóteses individuais para cada candidato, é preciso fazer um exercício imaginativo ainda mais difícil, que é supor o efeito que os movimentos cambiais globais possuem sobre o real. Essas hipóteses são comuns nos 3 cenários para cada candidato:

(1) O cenário global continua com o mesmo efeito sobre o real que ele tem tido hoje (04/10); (2) O cenário global alivia e traz uma apreciação de 10% sobre o componente mundial; (3) O global piora e traz uma depreciação de 10% sobre o componente mundial.

Também é importante frisar que o modelo tem grande imprecisão na dinâmica temporal, ou seja, é bastante difícil precisar em quanto tempo os valores estimado poderiam ser alcançados.

Haddad carrega as mesmas dúvidas que pairavam sobre Lula. Fará as reformas ou irá guinar fortemente a esquerda? Além do fato do país também estar saindo de uma profunda recessão e ter um problema estrutural gravíssimo, que é o descontrole fiscal. Haddad não apresentou nenhuma proposta por enquanto em relação a solução do problema fiscal. Dos candidatos que analisamos, ele é de longe a maior incógnita em termos de política econômica.
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Comentários

  1. Danilo diz:

    Há outra opção. CIRO 12.

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