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Pré Market

Por Olívia Bulla – O novo ano começa nesta quarta-feira para o mercado financeiro global e muitas são as incertezas sobre o que reserva o último ano desta década. Ao que tudo indica, 2018 chegou ao fim com várias dúvidas em aberto, que turvam o cenário econômico para 2019, em meio a tantas inovações no modus operandi da economia mundial.

E o problema é que se inventou tanto, que os investidores (e países) não estão preparados para o que pode acontecer nos próximos 365 dias… Assim, as preocupações que abalaram os negócios em dezembro foram transferidas também para janeiro, com os investidores sem saber para onde a economia global está caminhando.

O principal receio é de que os Estados Unidos continuem inovando nas relações comerciais, com impacto no crescimento das principais economias do mundo. Ao mesmo tempo, o presidente Donald Trump inova no vínculo entre a Casa Branca e o Federal Reserve, com as críticas na condução da política monetária colocando em risco a independência do Banco Central norte-americano.

Sob o lema “America First”, a maneira pouco convencional – inovadora? – de Trump governar colocou em xeque as principais instituições e acordos que surgiram desde o fim da Segunda Guerra Mundial, tanto na esfera doméstica quanto internacional, e ainda não se sabe as implicações desse discurso nacionalista na globalização – nem em termos geopolíticos.

Sem sinais de trégua, a forma como o presidente dos EUA irá concluir o mandato, com vistas à reeleição em 2020, segue como um elemento de disrupção ao mercado financeiro. Por ora, a percepção é de que a estratégia de Trump com a China não está funcionando, mostrando-se até prejudicial aos interesses dos EUA e ineficaz no objetivo de desmantelar o rival.

Destaques corporativos

Eletrobras (ELET6): A Odebrecht vai pagar R$ 161,9 milhões para a Eletrobras em um acordo firmado com autoridades no âmbito das alegações de corrupção contra a empreiteira, informou a estatal nesta quarta-feira, 2. Segundo a Eletrobras, o pagamento corresponde a ressarcimento por prejuízos relacionados à construção das hidrelétricas de Santo Antônio e Belo Monte.

Omega Geração (OMGE3):Omega Geração assinou acordo definitivo para adquirir 100% do Complexo Eólico Assuruá, no interior da Bahia, por R$ 1,9 bilhão, junto ao FIP IEER, Fundo de Investimentos em Participações responsável pelos investimentos da Companhia de Energias Renováveis (CER), informou a empresa em comunicado.

CPFL Energia (CPFE3):CPFL Energia informou, por meio de fato relevante na segunda, dia 31, que realizará o agrupamento das concessões das distribuidoras RGE Sul Distribuidora de Energia e Rio Grande Energia em um único contrato de concessão, por meio de operação societária de incorporação.

Banco do Brasil (BBAS3): O Banco do Brasil informou na segunda-feira, 31, que assinou com a União, um aditivo ao contrato de cessão de créditos decorrentes das operações de renegociação das dívidas originárias de crédito rural celebrado entre a União e o BB, em 29 de junho de 2001. O governo pagará R$ 1,649 bilhão ao banco.

BR Distribuidora (BRDT3): A BR Distribuidora informou que a Centrais Elétricas de Rondônia (CERON) efetuou o pagamento de R$ 322,7 milhões no dia 28 de dezembro de 2018, quitando antecipadamente toda a sua dívida.

Positivo (POSI3): A Positivo Tecnologia fechou acordo para aquisição de 80% do capital da Accept, empresa com foco na fabricação e venda de servidores e dispositivos de armazenamento de memória, além de minicomputadores, desktops e terminais. A aquisição será feita por meio da subsidiária Positivo Bahia.

Recomendação de ativos

Odontoprev (ODPV3): A equipe da Safra Corretora elevou a recomendação da Odontoprev para outperform, com preço-alvo de R$ 15,40.

BB Investimentos: A equipe do BB Investimentos substituiu os papéis da Equatorial (EQTL3) e da Natura (NATU3) pelos ativos da Petrobras (PETR4) e Movida (MOVI3) em sua carteira Top 5. Os ativos do Bradesco, Ultrapar e Vale foram mantidos.

Commodities

Minério de ferro: A jornada desta quarta-feira na bolsa de mercadorias de Dalian, na China foi marcada pela leve desvalorização dos contratos futuros do minério de ferro. O ativo teve queda de 0,61% a 490,00 iuanes por tonelada.

Petróleo Brent: O barril do petróleo Brent, com data de vencimento em março deste ano e negociado no mercado de futuros em Londres, abriu a sessão desta quarta-feira, 02, em queda. A commodity iniciou o dia cotado a US$ 53,07, variando 0,26% quando comparado ao fechamento da sessão anterior.

Câmbio

Dólar: O dólar opera em alta nesta quarta-feira (2), a primeira sessão de 2019, com os investidores monitorando o cenário internacional, após dados mais fracos da economia da China reforçarem as preocupações de uma desaceleração global. O mercado também se volta para o noticiário local com a posse do novo governo. Às 09h03, a moeda norte-americana operava em alta de 0,49%, a R$ 3,8933 No último pregão de 2018, o dólar recuou 0,55%, vendido a R$ 3,8742, mas encerrou o ano com alta de 16,92%. (G1)

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