De acordo com a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad), o número de pessoas ocupadas no Brasil foi estimado em aproximadamente 92,5 milhões no trimestre de novembro de 2018 a janeiro de 2019. Essa estimativa apresentou redução de 0,4%, ou seja, uma redução de 354 mil pessoas em relação ao trimestre anterior (agosto a outubro de 2018). Em relação ao mesmo trimestre do ano anterior (novembro de 2017 a janeiro de 2018) este indicador apresentou variação positiva (0,9%), quando havia no Brasil 91,7 milhões de pessoas ocupadas, representando um adicional de 846 mil pessoas.

nível da ocupação (indicador que mede o percentual de pessoas ocupadas na população em idade de trabalhar) foi estimado em 54,2% no trimestre de novembro de 2018 a janeiro de 2019, apresentando uma redução de -0,3 pontos percentuais frente ao trimestre de agosto a outubro de 2018, 54,5%. Em relação a igual trimestre do ano anterior, este indicador não apresentou variação estatisticamente significativa.

Os indicadores da Pnad Contínua são calculados para trimestres móveis, utilizando-se as informações dos últimos três meses consecutivos da pesquisa. A taxa do trimestre móvel terminado em janeiro de 2019 foi calculada a partir das informações coletadas em novembro/2018, dezembro/2018 e janeiro/2019.

Clique aqui e confira mais detalhes sobre a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) realizada em janeiro de 2019.

Força de Trabalho

O contingente na força de trabalho (pessoas ocupadas e desocupadas), no trimestre de novembro de 2018 a janeiro de 2019, foi estimado em 105,2 milhões de pessoas. Observou-se que esta população permaneceu estável, quando comparada com o trimestre de agosto a outubro de 2018. Frente ao mesmo trimestre do ano anterior, houve expansão de 0,8% (acréscimo de 825 mil pessoas).

A taxa de participação da força de trabalho (indicador que mede o percentual de pessoas da força de trabalho na população em idade de trabalhar) foi estimada em 61,6% no trimestre de novembro de 2018 a janeiro de 2019, não apresentando variação estatisticamente significativa frente ao trimestre de agosto a outubro de 2018, 61,8%. Em relação a igual trimestre do ano anterior (61,7%), o cenário foi de estabilidade.

A taxa de composta de subutilização da força de trabalho (Percentual de pessoas desocupadas, subocupadas por insuficiência de horas trabalhadas e na força de trabalho potencial em relação a Força de trabalho ampliada) foi estimada em 24,3% no trimestre móvel referente aos meses de novembro de 2018 a janeiro de 2019, registrando estabilidade em relação ao trimestre de agosto a outubro de 2018 (24,1%). Na comparação com o mesmo trimestre móvel do ano anterior, novembro de 2017 a janeiro de 2018, quando a taxa foi estimada em 23,9%, o quadro foi de elevação (0,4 ponto percentual).

No trimestre de novembro de 2018 a janeiro de 2019, havia aproximadamente 27,5 milhões de pessoas subutilizadas no Brasil. Este contingente apresentou estabilidade, ou seja, sem variação significativa, frente ao trimestre de agosto a outubro de 2018, ocasião em que a subutilização foi estimada em 27,2 milhões de pessoas. No confronto com igual trimestre do ano anterior, quando havia 26,8 milhões de pessoas subutilizadas, esta estimativa apresentou variação de 2,5%, significando um adicional de 671 mil pessoas subutilizadas.

O contingente de pessoas subocupadas por insuficiência de horas trabalhadas foi estimado em aproximadamente 6,8 milhões no trimestre de novembro de 2018 a janeiro de 2019. Essa estimativa apresentou estabilidade em relação ao trimestre anterior (agosto a outubro de 2018). Em relação ao mesmo trimestre do ano anterior (novembro de 2017 a janeiro de 2018) este indicador apresentou variação positiva (7,3%), quando havia no Brasil 6,4 milhões de pessoas subocupadas.

O contingente fora da força de trabalho, no trimestre de novembro de 2018 a janeiro de 2019, foi estimado em 65,5 milhões de pessoas. Observou-se que esta população apresentou um incremento de 403 mil pessoas (0,6%) quando comparada com o trimestre de agosto a outubro de 2018. Frente ao mesmo trimestre do ano anterior, houve expansão de 1,2% (acréscimo de 762 mil pessoas).

O contingente na força de trabalho potencial, no trimestre de novembro de 2018 a janeiro de 2019, foi estimado em 8,0 milhões de pessoas. Observou-se que esta população permaneceu estável quando comparada com o trimestre de agosto a outubro de 2018. Frente ao mesmo trimestre do ano anterior houve, também, estabilidade.

O contingente de pessoas desalentadas foi estimado em aproximadamente 4,7 milhões no trimestre de novembro de 2018 a janeiro de 2019. Essa estimativa apresentou estabilidade em relação ao trimestre anterior (agosto a outubro de 2018). Em relação ao mesmo trimestre do ano anterior (novembro de 2017 a janeiro de 2018) este indicador apresentou variação positiva (6,7%), quando havia no Brasil 4,4 milhões de pessoas desalentadas.

O percentual de pessoas desalentadas em relação à população na força de trabalho ou desalentada foi estimada em 4,3% no trimestre móvel referente aos meses de novembro de 2018 a janeiro de 2019, registrando estabilidade em relação ao trimestre de agosto a outubro de 2018 (4,3%). Na comparação com o mesmo trimestre móvel do ano anterior, novembro de 2017 a janeiro de 2018, quando a taxa foi estimada em 4,1%, o quadro foi de elevação (0,2 ponto percentual).

Categoria de Emprego

O contingente de empregados no setor privado com carteira de trabalho assinada (exclusive trabalhadores domésticos), estimado em 32,9 milhões de pessoas, apresentou estabilidade frente ao trimestre anterior (agosto a outubro de 2018). No confronto com o trimestre de novembro de 2017 a janeiro de 2018, houve, também, estabilidade.

No período de novembro de 2018 a janeiro de 2019, a categoria dos empregados no setor privado sem carteira de trabalho assinada (11,3 milhões de pessoas) apresentou uma redução de -321 mil pessoas. Em relação ao mesmo trimestre do ano anterior, registrou elevação de 2,9%, representando um adicional estimado de 320 mil pessoas.

A categoria dos trabalhadores por conta própria, formada por 23,9 milhões de pessoas, registrou crescimento de 1,2% na comparação com o trimestre anterior (agosto a outubro de 2018), significando a adição de 291 mil pessoas neste contingente. Em relação ao mesmo período do ano anterior, o indicador também apresentou elevação (3,1%), representando um adicional estimado de 719 mil pessoas.

No período de novembro de 2018 a janeiro de 2019, a categoria dos empregadores (4,5 milhões de pessoas) apresentou estabilidade em relação ao trimestre anterior. Em relação ao mesmo trimestre do ano anterior, registrou também, estabilidade.

A categoria dos trabalhadores domésticos, estimada em 6,2 milhões de pessoas, apresentou estabilidade no confronto com o trimestre de agosto a outubro de 2018. Frente ao trimestre de novembro de 2017 a janeiro de 2018, o cenário, assim como na comparação trimestral, foi de estabilidade.

O grupo dos empregados no setor público (inclusive servidores estatutários e militares), estimado em 11,5 milhões de pessoas, apresentou queda de -1,8% frente ao trimestre anterior. Ao se comparar com o mesmo trimestre do ano anterior não houve variação estatisticamente significativa.

Grupamentos de Atividade

A análise do contingente de ocupados, segundo os grupamentos de atividade, do trimestre móvel de novembro de 2018 a janeiro de 2019, em relação ao trimestre de agosto a outubro de 2018, mostrou aumento no grupamento de Transporte, armazenagem e correio (2,8%, ou mais 129 mil pessoas). Houve redução nos seguintes grupamentos: Agricultura, pecuária, produção florestal, pesca e aquicultura (2,2%, ou menos 192 mil pessoas), Indústria (2,9%, ou menos 345 mil pessoas) e Outros serviços (2,8%, ou menos 139 mil pessoas).

Na comparação com o trimestre de novembro de 2017 a janeiro de 2018 foi observado aumento nos grupamentos: Transporte, armazenagem e correio (4,4%, ou mais 201 mil pessoas), Alojamento e alimentação (4,6%, ou mais 241 mil pessoas) e Administração pública, defesa, seguridade social, educação, saúde humana e serviços sociais (3,5%, ou mais 540 mil pessoas). Os demais grupamentos não apresentaram variação significativa.

Entenda a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad)

Para a realização da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad), o Instituto de Pesquisa de Geografia e Estatística (IBGE) considerou como População em Idade Ativa todas as pessoas com 14 (catorze) anos ou mais, residentes nos cerca de 3.500 (três mil e quinhentos) municípios avaliados.

A parcela da População em Idade Ativa considerada com força para trabalho compõe a População Economicamente Ativa que, por sua vez, é classificada em dois grupos: População Ocupada e População Desocupada.

A População Ocupada é composta por todas as pessoas que trabalharam durante o mês de referência da pesquisa por pelo menos uma hora completa em trabalho remunerado ou em trabalho sem remuneração direta em ajuda à atividade econômica de membro do domicílio. Também fazem parte da População Ocupada aquelas pessoas que tinham trabalho remunerado do qual estavam temporariamente afastadas durante o período da pesquisa. O Nível de Ocupação é calculado pela proporção de pessoas ocupadas em relação às pessoas em idade de trabalhar.

A População Desocupada é composta por todas as pessoas sem trabalho, mas que tomaram alguma providência efetiva para consegui-lo durante o mês de referência da pesquisa. A Taxa de Desocupação é calculada pela proporção de pessoas desocupadas em relação às pessoas economicamente ativas.