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S&P deixa Ratings ‘BBB-’ na escala global da Vale reafirmados com perspectiva negativa

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A agência de classificação de risco S&P reafirmou na noite desta quinta-feira os ratings ‘BBB-‘ na escala global da Vale (BOV:VALE3), reafirmados com perspectiva negativa. No relatório, a S&P considerou que a mineradora brasileira tem sido proativa em reparar os prejuízos decorrentes do rompimento da barragem de Brumadinho no dia 25 de janeiro, e em implementar medidas para assegurar que algumas barragens similares serão descomissionadas rapidamente.

Segundo o resultado das investigações preliminares, todas as auditorias e certificações da mina atendem aos padrões de segurança.

No entanto, dado o escopo desse acidente, somado ao rompimento da barragem da Samarco em 2015, a agência acredita que houve algumas falhas na capacidade da empresa para compreender, mapear, controlar e mitigar os riscos que está exposta. Portanto, a avaliação de administração e governança da empresa foi a alterada para fraca.

“Por outro lado, acreditamos que a empresa está bem posicionada para compensar a queda do volume com sua sólida eficiência operacional e fluxos de caixa em meio à alta dos preços dos metais, enquanto conta com um colchão significativo em seu balanço patrimonial e liquidez para absorver potenciais multas e passivos. A decisão da Vale de suspender dividendos e os bônus a executivos também ajudou a preservar sua liquidez”, diz o comunicado.

Consequentemente, a S&P reafirmou os ratings de crédito de emissor e emissão ‘BBB-’ na escala global atribuídos à mineradora e também à Vale Canada, e removeu a listagem CreditWatch com implicações negativas, na qual foram colocados em 25 de janeiro de 2019. Além disso, foi rebaixado o perfil de crédito individual (SACP – stand-alone credit profile) da empresa, de ‘bbb’ para ‘bbb-’.

Ao mesmo tempo, reafirmou o rating ‘brAAA’ na Escala Nacional Brasil da Vale e também o removeu o CreditWatch A perspectiva desse rating agora é estável.

“A perspectiva negativa dos ratings de crédito de emissor da Vale na escala global reflete as grandes incertezas sobre o montante de multas e litígios que a empresa precisará lidar, e como eles impactarão suas métricas financeiras e liquidez. Também reflete potenciais impactos reputacionais. A causa do acidente, as ações implementadas para mitigar riscos e as implicações finais para as métricas de crédito da empresa serão fundamentais para considerarmos mais riscos de rebaixamento”, revelou o comunicado.

Fundamento da decisão da S&P

A revisão do SACP da Vale refletiu a visão de sua governança fraca em termos de capacidade do Conselho de Administração e de sua administração para supervisionarem a exposição a risco, o que resultou em duas tragédias similares – rompimento de barragens de resíduos em suas minas – em menos de quatro anos.

Investigações preliminares indicam que todas as auditorias e certificações das minas pareciam estar em dia e alinhadas aos padrões de segurança globais, e a Vale tem sido bastante transparente com suas informações e sua resposta foi rápida para conter os prejuízos do recente rompimento de barragem.

No entanto, ainda acreditam que houve falhas para mapear os riscos de disposição. “Provavelmente, manteremos nossa visão de uma administração e governança fraca até que a Vale descomissione totalmente todas as barragens similares, o que a empresa planeja fazer dentro de três anos, e também até que a principal causa do acidente seja revelada, afastando a possibilidade de negligência.”

A perspectiva negativa ainda reflete os resultados incertos que poderão vir do acidente, incluindo o montante de multas e passivos, o impacto total à produção de volume e a extensão desse impacto.

Além disso, a perspectiva também incorpora potenciais efeitos colaterais futuros, como piora das condições financeiras, regulação adversa, mais reivindicações legais ou a necessidade de direcionar capital significativo para melhorar a segurança das operações. Custos mais altos das operações e incapacidade de compensar as deficiências operacionais também poderão levar a ter uma visão mais negativa do crédito sob uma perspectiva de perfil de risco de negócio.

“A reafirmação dos ratings reflete que, embora a classificação mais baixa de governança afete a qualidade de crédito da Vale, a empresa tem um significativo colchão financeiro e uma liquidez que lhe permitirão lidar com os litígios e a queda de volume acima do patamar de um rating mais baixo, o que, em nossa visão, faz com que a Vale seja comparada favoravelmente a empresas avaliadas como ‘BB+’ “, finalizam.

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