De acordo com o jornal Valor Econômico, a Vale (BOV:VALE3) deve deixar de produzir mais de 80 milhões de toneladas por ano em minério de ferro. A perda é consequência da paralisação das atividades na barragem Doutor, da Mina de Timbopeba, em Ouro Preto (MG).
Na sexta-feira passada, a Vale informou que a 2ª Vara Cível da Comarca de Ouro Preto determinou a suspensão das atividades da Vale na barragem Doutor.
O montante projetado pelo BTG foi determinado a partir da soma da perda estimada com a paralisação de Timbopeba, de 12,8 milhões de toneladas de minério de ferro por ano, com a suspensão das atividades da mina de Brucutu (30 milhões de toneladas ao ano) e da redução de 50% da capacidade do Sistema Sul, resultando em uma perda de aproximadamente 40 milhões de toneladas ao ano.
Apesar das interrupções, os analistas Leonardo Correa e Gerard Roure estimam que a Vale deve encerrar 2019 com um lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda, na sigla em inglês) de US$ 20 bilhões, acima dos US$ 16 bilhões projetados para 2018, beneficiada pelo aumento dos preços do minério de ferro no mercado internacional, causado justamente pela paralização de parte de sua produção.
O banco manteve a recomendação para os recibos de ações (ADR) em compra e o preço-alvo em US$ 15,50.