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Parte de acionistas da CCR rejeita pagar por delação de ex-executivos

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A maioria dos acionistas da concessionária de infraestrutura CCR (BOV:CCRO3) que votou a distância na assembleia geral extraordinária (AGE) desta segunda-feira rejeitou o chamado “plano de incentivo à colaboração”, que prevê, entre outros pontos, o pagamento de R$ 71 milhões a ex-executivos envolvidos em atos ilícitos.

De acordo com o boletim de votos, donos de 343.609.554 ações não concordaram em ratificar o acordo, enquanto detentores de 108.485.101 papéis aprovaram a proposta. Também foi registrada a abstenção de donos de 4.368.164 ações da companhia. A AGE da empresa está marcada para as 14h de hoje.

A maior parte dos acionistas também rejeitou as demonstrações financeiras de 2018, objeto de assembleia geral ordinária (AGO) também marcada para esta segunda-feira.

Acionistas detentores de 233.788.645 votos rejeitaram as contas do ano passado, enquanto donos de 33.946.433 papéis aprovaram os resultados. Acionistas que possuem juntos 84.192.788 ações resolveram abster-se.

Outra proposta que foi rejeitada pelos investidores que votaram a distância foi a recondução de Ana Maria Penido Sant’Anna e de Ricardo Coutinho de Sena, presidente e vice-presidente do conselho de administração.

Duas das maiores empresas especializadas em orientar votos de acionistas de companhias abertas, a Institutional Shareholder Services (ISS) e a Glass Lewis, emitiram relatórios recomendando aos investidores da CCR que não aprovassem o pagamento aos ex-executivos, as contas de 2018 e a recondução dos atuais presidente e vice-presidente do colegiado.

Pedido da CVM

A Comissão de Valores Mobiliários (CVM) pediu à CCR uma lista com os nomes dos 15 ex-executivos envolvidos. A autarquia também solicitou que fossem informados os cargos exercidos por tais pessoas, o período em que trabalharam na empresa e a relação de cada um deles com os acionistas controladores.

O pedido foi feito no dia 9 de abril no âmbito do processo aberto após reclamação do acionista minoritário Renato Chaves. No dia 15 de abril, a CCR respondeu à solicitação, mas pediu à CVM que os nomes dos executivos fossem mantidos em sigilo, alegando que os acordos assinados com o Ministério Público não haviam sido homologados pela Justiça.

As informações aparecem em documentos aos quais o Valor teve acesso após pedido de vistas na CVM. O processo segue aberto, conforme informações da autarquia.

No dia 4 de abril, Chaves solicitou à CVM que não permita que os acionistas controladores votem na assembleia marcada para esta segunda-feira, às 14h. Entre as justificativas apontadas pelo minoritário está a possibilidade de haver conflito de interesse, uma vez que ainda não é claro se houve eventual responsabilidade dos controladores nos casos investigados.

No mesmo documento em que enviou a lista de nomes, a CCR diz que não foram encontrados no âmbito do trabalho de apuração do comitê independente, nem reportado ao conselho de administração “quaisquer fatos, evidências ou indícios de atos ilícitos praticados, relacionados ou que tenham beneficiado os acionistas controladores da companhia”.

Com Valor Econômico 

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