O primeiro-ministro do Japão, Shinzo Abe, expressou sua determinação em buscar pontos de vista em comum entre os países participantes da cúpula do G20, que começa amanhã, na cidade de Osaka. A reunião traz grandes expectativas, principalmente pelo encontro entre o presidente americano, Donald Trump, e seu colega chinês, Xi Jinping. A esperança é que a conversa, marcada para sábado, pode destravar as negociações comerciais entre as duas maiores economias do mundo. e reduzir as tensões que ameaçam o crescimento da economia mundial. Há um mês, China e EUA deixaram o tom amistoso que dominava as negociações e passaram a trocar ameaças de retaliações.

Hoje, Trump voltou a ameaçar impor novas tarifas a produtos chineses caso não haja acordo. Outro assunto devem ser as medidas por direitos de propriedade do setor de tecnologia. O assunto envolve a gigante chinesa de telecomunicações Huawei, que vem sofrendo sanções do governo americano, como proibição de comprar ou vender equipamentos de empresas dos EUA.

O premiê japonês falou a jornalistas em Tóquio, nesta quinta-feira, antes de partir para a cidade de Osaka, no oeste do Japão, onde o encontro será realizado na sexta-feira e no sábado.

Abe acrescentou que espera que o G20 possa passar uma forte mensagem sobre a promoção do livre comércio, levando ao crescimento econômico global por meio de inovação, regras para a economia digital, contribuição para questões ambientais e empoderamento das mulheres.
Shinzo Abe disse que vai se encontrar com o presidente americano Donald Trump e com o presidente chinês Xi Jinping para confirmar a cooperação de ambos para uma cúpula de sucesso.

Trump ameaça com tarifas

O presidente dos Estados Unidos aventou a possibilidade de imposição de novas tarifas à China se não produzirem resultados as iminentes negociações com o presidente chinês, Xi Jinping.

Em entrevista por telefone para a rede americana Fox Business Network na quarta-feira, Donald Trump declarou que, se não houver acordo, poderá estudar a imposição de 10% em tarifas aduaneiras sobre 300 bilhões de dólares adicionais em importados chineses. Os dois países já impuseram tarifas de 25% sobre centenas de bilhões de dólares em importações recíprocas.

Trump fez a declaração às vésperas da conversa com Xi Jinping que está planejada para sábado, à margem da reunião de cúpula do Grupo dos 20 em Osaka, na região oeste do Japão. Desde o mês passado tem havido uma escalada na guerra comercial, com a imposição pelos dois lados de tarifas retaliatórias sobre produtos que os Estados Unidos e a China importam um do outro.

Huawei minimiza sanções

Um dos pontos de discussão deve sr a questão da tecnologia. A gigante chinesa de tecnologia da informação, Huawei, expressou estar confiante em sua habilidade de suportar as sanções impostas pelos Estados Unidos. Um executivo de alto escalão criticou as medidas de Washington, mas disse que elas terão um impacto mínimo na expansão 5G da empresa.

O vice-presidente da Huawei fez a declaração durante uma exposição de telecomunicações no Congresso Mundial de Telefonia Móvel em Xangai, na quarta-feira.

Ken Hu se referiu à decisão dos Estados Unidos, no mês passado, de proibir empresas americanas de fazer negócios com a Huawei sem a permissão do governo.

Hu classificou as medidas como injustas e baseadas em acusações sem fundamento. Ele negou qualquer impacto nos negócios em relação à tecnologia 5G da empresa.

As informações são da agência japonesa NHK.

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