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Inflação oficial, IPCA fica praticamente estável em junho, com alta de 0,01%; acumulado em 12 meses cai para 3,37% sem a greve dos caminhoneiros

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O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de junho, calculado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e usado pelo Banco Central (BC) nas metas de inflação, ficou praticamente estável em junho, com alta de apenas 0,01%. O resultado ficou 0,12 ponto percentual (p.p.) abaixo da taxa de maio (0,13%).

A variação acumulada no ano foi de 2,23% e a dos últimos doze meses recuou para 3,37%, abaixo dos 4,66% registrados nos 12 meses imediatamente anteriores. Em junho de 2018, a taxa fora de 1,26%, em boa parte pela greve dos caminhoneiros, que pressionou vários itens, em especial alimentos e combustíveis.

O número reforça as expectativas de que o Comitê de Política Monetária (Copom), que se reúne nos dois últimos dias de julho, volte a cortar a taxa básica de juros, hoje de 6,5% ao ano.

Os grupos Alimentação e bebidas e Transportes respondem, juntos, por cerca de 43% das despesas das famílias e apresentaram deflação em junho, respectivamente, -0,25% e -0,31%, ambos com -0,06 p.p. de impacto. Comunicação (-0,02%) também teve variação negativa de preços. Já Saúde e cuidados pessoais (0,64%) foi o grupo com a maior variação e o maior impacto (0,08 p.p.), diz o IBGE.

Grupo Variação (%) Impacto (p.p.)
Maio Junho Maio Junho
Índice Geral 0,13 0,01 0,13 0,01
Alimentação e Bebidas -0,56 -0,25 -0,14 -0,06
Habitação 0,98 0,07 0,15 0,01
Artigos de Residência -0,10 0,02 0,00 0,00
Vestuário 0,34 0,30 0,02 0,02
Transportes 0,07 -0,31 0,01 -0,06
Saúde e Cuidados Pessoais 0,59 0,64 0,07 0,08
Despesas Pessoais 0,16 0,15 0,02 0,01
Educação -0,04 0,14 0,00 0,01
Comunicação -0,03 -0,02 0,00 0,00
Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Índices de Preços

IPCA resiste à alta do tomate graças à queda do feijão

Apesar das altas do tomate (de -15,08% em maio para 5,25% em junho) e das carnes (de 0,25% em maio para 0,47% em junho) o grupo Alimentação e bebidas teve queda (-0,25%) em junho, acumulando variação de 2,89% em 2019. Essa deflação deveu-se à intensificação na queda dos preços de frutas (-6,14%) e feijão-carioca (-14,80%). Os dois itens já haviam recuado em abril e maio: respectivamente, -0,71% e -2,87% para as frutas e de -9,09% e -13,04% para o feijão-carioca.

Gasolina mais barata e avião mais caro

O grupo Transportes (-0,31%) concentrou os impactos mais intensos sobre o IPCA de junho, em ambos os sentidos. No lado positivo está o item passagem aérea com 18,90% de variação e 0,07 p.p. de impacto. Influenciando negativamente estão os combustíveis (-2,41%) com destaque para a gasolina (-2,04% e -0,09 p.p.).

Regionalmente, a gasolina variou entre os -4,66% da região metropolitana de Porto Alegre e o 0,57% de São Luís. Tanto o óleo diesel (-0,83%) quanto o etanol (-5,08%) ficaram mais baratos, sendo que o etanol recuou em todas as áreas pesquisadas: de -8,51% na região metropolitana de Belo Horizonte até -0,35% na de Salvador. Já o gás veicular (2,38%) subiu, principalmente pelo aumento de 8,38% em São Paulo, por conta de reajuste em vigor desde 31 de maio.

Ônibus mais caro em Belém

Outro destaque nos Transportes foi o item ônibus urbano, cuja variação de 0,39% deveu-se ao reajuste 9,09% nas tarifas em Belém (7,27%) em vigor desde 5 de junho. A alta dos ônibus intermunicipais (0,43%) considera o reajuste de 6,66% nas passagens na região metropolitana de Porto Alegre (0,28%), em vigor desde 1º de junho; o reajuste de 10,00% na região metropolitana de Fortaleza (7,91%), a partir de 25 de maio, e os reajustes entre 3,30% e 7,50% na região metropolitana de Salvador (0,97%), desde 6 de maio.

Energia elétrica mais barata

O grupo Habitação desacelerou de maio (0,98%) para junho (0,07%), especialmente por conta do item energia elétrica (-1,11%) que exerceu pressão de -0,04 p.p. no IPCA. Isto se deve à vigência, em junho, da bandeira tarifária verde, sem cobrança adicional para o consumidor. Em maio vigorava a bandeira tarifária amarela, com custo adicional de R$ 0,01 por quilowatt-hora consumido.

Os preços da energia elétrica recuaram em quase todas as áreas pesquisadas, exceto nas regiões metropolitanas de Belo Horizonte (4,42%) e de Vitória (4,81%). A primeira reflete o reajuste de 7,89% em vigor desde 28 de maio e a segunda, a alta da alíquota de PIS/COFINS. Adicionalmente, na região metropolitana de Porto Alegre (-2,82%), duas das suas três concessionárias se fundiram e, para unificar as tarifas, houve reajustes de 3,61% e 6,19% a partir de 19 de junho. Em Curitiba (-1,67%) o reajuste foi de 1,99%, com vigência desde 24 de junho.

Alta do gás em SP puxa Habitação

Ainda no grupo Habitação, o gás encanado subiu (7,33%), devido ao reajuste de até 27% nas tarifas em São Paulo (19,93%), desde 31 de maio. Já o item taxa de água e esgoto (1,56%) reflete os seguintes reajustes: 4,72% em São Paulo (1,60%), desde 11 de maio; de 3,45% em Brasília (3,23%), desde 1º de junho (em complemento ao de 2,99% em 1º de abril) e de 4,70% em Salvador (2,62%), desde 12 de junho. Na região metropolitana de Curitiba (8,38%) houve a apropriação integral do reajuste de 8,38% com vigência desde 24 de maio e não incorporado anteriormente.

Saúde teve maior impacto

O grupo Saúde e cuidados pessoais foi o responsável pela maior variação e o maior impacto (0,64% e 0,08 p.p.) sobre o IPCA, entre os grupos pesquisados, devido à alta de 1,50% do item higiene pessoal, cujo impacto no IPCA foi de 0,04 p.p.

Vitória lidera a inflação

Quanto aos índices regionais, a região metropolitana de Vitória (0,54%) apresentou a maior variação, em função das altas observadas nas passagens aéreas (20,21%) e na energia elétrica (4,81%) devido ao reajuste na alíquota do PIS/COFINS. O menor índice ficou com a região metropolitana de Porto Alegre (-0,41%), influenciado pela queda nos preços das frutas (-14,37%) e da gasolina (-4,66%).

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