A BRF (BOV:BRFS3) registrou lucro líquido de R$ 191 milhões nas operações continuadas no segundo trimestre nas operações revertendo prejuízo de R$ 1,466 bilhão do mesmo período do ano passado. Segundo a empresa, o lucro líquido societário total ficou em R$ 325 milhões no segundo trimestre deste ano.

O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) ajustado somou R$ 1,547 bilhão, alta de 333,9% na comparação anual, incluindo um ganho líquido de R$ 328 milhões referente a ações tributárias. Sem esse ganho, o Ebitda ajustado totalizaria R$ 1,219 bilhão.

A margem Ebitda ajustada encerrou o segundo trimestre em 18,6%, alta de 13,6 pontos porcentuais. Sem o ganho líquido das ações tributárias, a margem Ebitda ajustada é de 14,6%.

A receita líquida somou R$ 8,338 bilhões no segundo trimestre, alta de 18,0%. A empresa encerrou o segundo trimestre com uma alavancagem líquida (dívida líquida/Ebitda ajustado) de 3,74 vezes, ante 5,69 vezes de um ano antes.

Reação do Mercado

Em nota enviada aos clientes, os analistas do Itaú BBA acreditam que a BRF apresentou um trimestre “muito positivo”, destacando que se trata do melhor resultado em quatro anos. O analista Antonio Barreto, em uma leitura inicial do balanço, afirmou que existem outros fatores não recorrentes e que é preciso fazer uma análise mais cuidadosa, destacando que a primeira leitura mostra que o Ebitda realmente ficou acima do esperado pelo mercado.

Na parte da tarde, as ações da BRF operavam com ganhos de 5,29% a R$ 38,25. Na máxima, subiu 9% e chegou a 39,60 reais, maior cotação intradia desde janeiro de 2018.