A fabricante de carrocerias de ônibus Marcopolo (BOV:POMO4) registrou um crescimento de 3,7 vezes do lucro líquido no segundo trimestre, em base anual, após reverter uma despesa financeira líquida de R$ 70,3 milhões apurada no mesmo período de 2018 em uma receita financeira líquida de R$ 8,9 milhões. Mas a queda nas exportações afetou o lado operacional.
No período de abril a junho, a companhia apresentou um lucro atribuível aos acionistas, que desconsideram os resultados a sócios não controladores, de R$ 86,3 milhões. No ano passado, o lucro líquido somou R$ 23,2 milhões.
Segundo a Marcopolo, o resultado financeiro deste ano foi beneficiado pela valorização do real ante o dólar no trimestre e a política de fixar o câmbio no momento da confirmação da ordem de venda. No segundo trimestre do ano passado, a desvalorização do real afetou a carteira de pedidos em dólar.
A receita apresentou crescimento de 4,6%, para R$ 1,1 bilhão. A receita com o mercado doméstico, responsável por 54,8% do total, cresceu 80,5% no período. A alta foi atribuída ao “aumento da confiança do cliente local em todos os segmentos”. O lucro bruto, porém, caiu 5,4%, para R$ 175,5 milhões, com a margem recuando de 17% para 15,4%. A empresa informou que o desempenho foi afetado pelos tipos de produtos vendidos, de margem menor, e a redução de volumes destinados às exportações.
O lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda, na sigla em inglês) somou R$ 105,5 milhões, baixa de 2%, por conta do menor volume de exportações, especialmente para a África, destaque do segundo trimestre de 2018. A margem caiu de 9,9% para 9,2%.
Com Valor Econômico