Os investidores estrangeiros trouxeram para a bolsa brasileira R$ 1,3 bilhões, revertendo a tendência de saída que vinha desde abril. No ano, a saída acumulada é de R$ 19,916 bilhões, segundo dados da bolsa B3. Esse é o saldo das negociações diárias de estrangeiros na Bovespa.
Se forem consideradas as compras de ações por investidores externos em ofertas públicas, que são registradas separadamente das vendas do dia a dia, o saldo é positivo no ano em R$ 5,104 bilhões. Mas, mesmo considerando as ofertas, o saldo de estrangeiros neste ano é um dos mais baixos desde 2004, acima apenas da saída de R$ 5,699 bilhões de 2018.
A entrada dos estrangeiros coincide com a alta do Índice Bovespa em setembro, de 3,6%. Os investidores externos são importantes pois representam 45,8% do volume negociado na Bovespa no ano. Ou seja, de cada R$ 100 comprados ou vendidos em ações em 2019, R$ 45,80 eram de estrangeiros. Em setembro, os estrangeiros responderam por 46,3% do volume negociado. Eles estão perdendo espaço para investidores locais. No ano passado, a fatia dos investidores externos era de 48,9% e, em 2016, de 52,3%.
Já os investidores institucionais, como fundos de investimentos, fundos de pensão e seguradoras, aumentar sua participação para 30,7% na média do ano e 31% em setembro. No ano passado, eles representavam 27,8% dos negócios. As pessoas físicas respondem por 18,2% do volume negociado em ações no ano e 18,3% em setembro, ante 17,9% em 2018.
A queda na participação dos estrangeiros reflete também o aumento no volume negociado na bolsa brasileira. O volume médio no ano está em R$ 16,529 bilhões por dia, 35,6% acima dos R$ 12,189 bilhões do ano passado. Em setembro, o volume diário caiu um pouco, para R$ 14,216 bilhões, 13,8% menos que em agosto.
No ano, o Índice Bovespa acumula alta de 18,4% até dia 1º de outubro, ou 9,9% em dólar.