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Vale iniciará testes com caminhões autônomos na mina de Carajás

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A Vale (BOV:VALE3) iniciará em novembro a fase de testes para a implantação de grandes caminhões que irão funcionar sem a presença de operadores nas cabines, na importante mina de Carajás, no Pará, disseram à Reuters dois executivos da mineradora.

A companhia colocará em funcionamento dois caminhões autônomos em uma área isolada da mina, no próximo mês. Os veículos, com 16,2 metros cumprimento, 7,4 metros de altura e 8,7 metros de largura, são capazes de transportar 320 toneladas de carga.

Ao final do primeiro semestre de 2020, a expectativa é iniciar a operação definitiva, elevando gradualmente o número de veículos até chegar a 37 unidades em 2024.

Em entrevista por telefone, o líder do programa de mina autônoma da Vale, Eugênio Lysei, explicou que o objetivo do projeto é aumentar a segurança das operações, além de gerar benefícios ambientais e ganhos de competitividade, com redução de custos com equipamentos, manutenção e combustíveis.

Os caminhões autônomos irão conviver ao lado de caminhões convencionais na região de Carajás, onde está o maior complexo de minério de ferro da Vale, que conta atualmente com uma frota de cerca de 120 unidades que trabalham diariamente.

“Nós teremos uma frota mista”, disse Lysei.

“O caminhão autônomo só faz sentido em determinada geometria da mina. Então pode ser que… em algumas cavas, tenha uma geometria que permita só a operação convencional.”

Na operação autônoma, os caminhões são controlados por sistemas de computador, GPS, radares e inteligência artificial e monitorados por operadores em salas de comando a quilômetros de distância das operações, o que segundo o executivo traz mais segurança para a atividade.

Com a tecnologia, a operação do caminhão torna-se mais precisa, com economia de combustível e menor volume de emissões de CO2 e particulados. Há redução ainda da geração de resíduos como pneus e lubrificantes.

Na linha de buscar uma produção mais sustentável e mais eficiente, na mina S11D –a mais recente a entrar em operação no Complexo de Carajás– a Vale não utiliza caminhões, devido à adoção de um sistema chamado “truckless”, um conjunto de estruturas composto por escavadeiras e britadores móveis interligados por correias transportadoras.

INVESTIMENTOS E CAPACITAÇÃO

Lysei pontuou que o projeto dos caminhões autônomos, que envolveu cinco anos de pesquisas até agora, contará com investimentos de 69 milhões de dólares até 2024. Além disso, virá aliado a um plano de desenvolvimento e capacitação dos profissionais.

“O programa prevê zero de desligamento de pessoas, ao contrário, prevê 100% do aproveitamento de pessoas em funções novas, compatíveis com essas novas tecnologias”, disse Lysei.

Como resultado, a Vale prevê conseguir um aumento da vida útil de equipamentos de cerca de 15%. Estima ainda que o consumo de combustível e os custos de manutenção sejam reduzidos em 10% e que haja aumento da velocidade média dos caminhões.

Apesar de estimar um ganho de produtividade por tonelada transportada com os caminhões autônomos, não estão previstas mudanças na capacidade de produção da mina em função do uso do novo equipamento, disse o líder de Transformação Digital no Corredor Norte da Vale, Luciano Cajado.

Ele explicou que há diversos fatores que devem ser levados em consideração no contexto de produção da mina, como geologia e ciclo de vida da mina, além de decisões comerciais.

A iniciativa em Carajás vem após a companhia ter obtido sucesso ao operar apenas com caminhões autônomos na mina de Brucutu, principal produtora de minério de ferro da mineradora em Minas Gerais, com um total de 13 unidades.

A implantação da operação autônoma em Carajás, segundo a Vale, vem aliada a um plano de desenvolvimento de pessoas, que inclui a criação de um centro de treinamento na cidade de Parauapebas pela empresa fornecedora, a japonesa Komatsu.

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